Dessa vez,
fui ao único lugar que esquecemos de procurar da outra vez, perto do colégio
dela. E a encontrei. E quando vi o que estava acontecendo, eu não me alegrei
nem um pouco. Ela estava em um beco e um garoto a segurava pelo braço. Ela
chorava, mas parecia não ter força o suficiente pra sair dali. Saí do carro em
disparada e fui em direção a eles.
-Solta
ela. –ele parecia não me ouvir- Solta garoto!! –puxei o braço dela. Ele não era
tão forte assim e os dois pareciam estar fora de si.
-Deixa,
ela é minha mulher. –ele falou embolado.
-João, eu
não sou, para. Eu não quero ir pra casa. –ela se sentou no chão. Tinha várias
garrafas vazias, de bebidas que nem eu tinha coragem (ou fígado) pra tomar. Me
doía pensar que ela tinha passado a noite ali.
-Li, por
favor, vamos voltar. Voltar a ser como antes, só eu e você. Hein? A gente pode
viajar, jogar videogame, tomar sorvete até de madrugada... Que nem a gente
fazia antes de tudo.
-Só não me
leva pra casa do papai. Ele me bateu. Muito. –ela encostou a cabeça em mim e eu
deixei uma lágrima escorrer.
-Não, não vou
levar. A gente vai pra nossa casa.
-Me deixa
morar contigo e o Luan? Vocês são as pessoas que eu mais amo.
-Não sei
se vou morar com o Luan.
-Vai. Vocês
vão casar e tomar conta de mim. –ela riu e chorou ao mesmo tempo, assim como
eu- Aí eu vou cuidar dos filhos de vocês ate ter idade de ter os meus.
-Só vamos
voltar pra casa, tá?
-Lívia, não
vai minha linda, eu te amo.
-Foi você quem
deu bebida a ela?
-Só queria
que ela se distraísse dessa família de merda que é a de vocês.
-Cala a
boca João! –ela gritou. A ajudei a levantar e coloquei ela no banco de trás do
carro. Quando chegamos na metade do caminho pra casa, o carro parou de
funcionar.
-Ah não!
Que droga. –sem gasolina e sem dinheiro- Lí, cadê seu celular?
-Não sei. –ela
disse quase dormindo no banco de trás, quase dormindo.
-ótimo.
Sem celular também. Não sai daí.
-Onde cê
vai?
-Procurar
um telefone. –ela não disse nada e desabou no banco. Saí do carro um pouco
receosa de deixa-la sozinha, mas não podíamos ficar sentadas esperando por um
milagre. Assim que saí, vi o carro do Luan chegando em uma velocidade
razoavelmente alta. Minhas pernas bambearam. Ele passou por mim e parou alguns
metros depois. Voltou de marcha-ré, saiu do carro e antes que eu falasse
qualquer coisa, ele perguntou:
-Casa
comigo?
AMORES, EU NÃO SOU PIRRACENTA (IMAGINA SE FOSSE HUAHUAHUA), MAS GOSTO DE PARAR OS CAPÍTULOS NESSAS PARTES ASSIM. ;D É PRA DAR MAIS EMOÇÃO PRA VOCÊS. KKKK MAS SE VOCÊS QUISEREM, É SÓ FALAR QUE POSTO O OUTRO AINDA HJ ATÉ AS 22HS TÁ? BEIJINHOS DA DAN. ;)
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