Quarenta e Cinco


Dessa vez, fui ao único lugar que esquecemos de procurar da outra vez, perto do colégio dela. E a encontrei. E quando vi o que estava acontecendo, eu não me alegrei nem um pouco. Ela estava em um beco e um garoto a segurava pelo braço. Ela chorava, mas parecia não ter força o suficiente pra sair dali. Saí do carro em disparada e fui em direção a eles.
-Solta ela. –ele parecia não me ouvir- Solta garoto!! –puxei o braço dela. Ele não era tão forte assim e os dois pareciam estar fora de si.
-Deixa, ela é minha mulher. –ele falou embolado.
-João, eu não sou, para. Eu não quero ir pra casa. –ela se sentou no chão. Tinha várias garrafas vazias, de bebidas que nem eu tinha coragem (ou fígado) pra tomar. Me doía pensar que ela tinha passado a noite ali.
-Li, por favor, vamos voltar. Voltar a ser como antes, só eu e você. Hein? A gente pode viajar, jogar videogame, tomar sorvete até de madrugada... Que nem a gente fazia antes de tudo.
-Só não me leva pra casa do papai. Ele me bateu. Muito. –ela encostou a cabeça em mim e eu deixei uma lágrima escorrer.
-Não, não vou levar. A gente vai pra nossa casa.
-Me deixa morar contigo e o Luan? Vocês são as pessoas que eu mais amo.
-Não sei se vou morar com o Luan.
-Vai. Vocês vão casar e tomar conta de mim. –ela riu e chorou ao mesmo tempo, assim como eu- Aí eu vou cuidar dos filhos de vocês ate ter idade de ter os meus.
-Só vamos voltar pra casa, tá?
-Lívia, não vai minha linda, eu te amo.
-Foi você quem deu bebida a ela?
-Só queria que ela se distraísse dessa família de merda que é a de vocês.
-Cala a boca João! –ela gritou. A ajudei a levantar e coloquei ela no banco de trás do carro. Quando chegamos na metade do caminho pra casa, o carro parou de funcionar.
-Ah não! Que droga. –sem gasolina e sem dinheiro- Lí, cadê seu celular?
-Não sei. –ela disse quase dormindo no banco de trás, quase dormindo.
-ótimo. Sem celular também. Não sai daí.
-Onde cê vai?
-Procurar um telefone. –ela não disse nada e desabou no banco. Saí do carro um pouco receosa de deixa-la sozinha, mas não podíamos ficar sentadas esperando por um milagre. Assim que saí, vi o carro do Luan chegando em uma velocidade razoavelmente alta. Minhas pernas bambearam. Ele passou por mim e parou alguns metros depois. Voltou de marcha-ré, saiu do carro e antes que eu falasse qualquer coisa, ele perguntou:
-Casa comigo?

AMORES, EU NÃO SOU PIRRACENTA (IMAGINA SE FOSSE HUAHUAHUA), MAS GOSTO DE PARAR OS CAPÍTULOS NESSAS PARTES ASSIM. ;D É PRA DAR MAIS EMOÇÃO PRA VOCÊS. KKKK MAS SE VOCÊS QUISEREM, É SÓ FALAR QUE POSTO O OUTRO AINDA HJ ATÉ AS 22HS TÁ? BEIJINHOS DA DAN. ;)

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