-Você ainda vai ter que ficar usando isso por muito tempo.
-Fazer o que... Quero ficar boa o quanto antes. Mas não tem como me
livrar das muletas? Me sinto uma aleijada tendo que usar isso.
-Você tá parcialmente assim.
-Não tem graça Doutor.
-É, eu sei. Mas você vai ter que usa-las se não quiser ficar pendurada
em alguém.
-É né... Voto nelas.
Saí do consultório para o Tribunal. Já estávamos no fim do processo,
resolvendo todas as burocracias comuns a um caso de grande porte como esse. Luan
provavelmente já estava em Londrina e a minha mente não saía dele.
-Onde cê quer almoçar?
-Ãh? –estava voando quando o Guilherme falou comigo.
-Onde cê quer almoçar? Sou tua carona, esqueceu?
-Quero ir pra casa. Não tem muito o que fazer aqui. Se tiver tudo bem
pra você.
-Por mim tudo bem. Vem, vamos aproveitar o intervalo pra fugir.
***
-Vou esquentar algo pra você. –fui em direção à cozinha.
-Não, fica aí. Se você me der licença, te mostro meus dotes culinários. –rimos.
-Tá bom.
Ele tirou o paletó e a gravata e foi em direção a geladeira. Conversa
vai, conversa vem, ele me disse uma coisa que transformou minha boca em um “O”.
-Aprendi a fazer esses pratos de cinco minutos com meu ex-namorado.
-Com quem?
-Já me acostumei com essas reações. –ele riu.
-Desculpa, mas eu não esperava, galã. –rimos.
Alguém chamou no interfone. “Luan?” Meu impulso foi levantar pra ir até
lá.
-Não Ana, deixa que eu vou.
-Mas o...
-Senta.
Assim eu fiz.
Instantes depois, vi o Luan entrar na cozinha seguido pelo Guilherme.
-Lu! –me levantei para abraça-lo e ele me agarrou pela cintura e me
beijou de um jeito forte, diferente. Como se naquela hora, quisesse mostrar que
eu era dele. Aquilo me cativou de um jeito único. Luan nunca tinha me beijado
daquele jeito, muito menos em frente a uma outra pessoa. Nossos lábios se
desgrudaram depois do Guilherme limpar a garganta umas 500 vezes.
-Lu, esse é o Guilherme. Ele trabalha no escritório da minha família.
Guilherme, esse é...
-O namorado dela, Luan. –porque o Luan tava tão estranho? Como se o
Guilherme não soubesse quem ele era. O que tinha feito até o olhar do Luan
mudar?
Depois de um aperto de mãos rápido, o Guilherme se despediu.
-Bom, eu não posso me atrasar. Se cuida princesa. Tchau Luan, foi um prazer.
-Tchau Guilherme. Qualquer coisa me liga, ou liga no escritório.
-Pode deixar. –ele disse pondo a gravata.
“Não vou rir, não vou rir...” Guilherme me chamando de princesa era
novidade. Ele saiu e o Luan me abraçou forte.
-Tenho tanto medo de te perder... Medo de fazer você sofrer que nem seu
ex-namorado fez... Por favor, se um dia eu fizer algo que te machuque, me fale.
E não dê ouvidos a quem quer o nosso mal. Se alguém nesse mundo te machucar, se
eu te machucar, não sei o que sou capaz de fazer. –Luan me embalava com seus
braços e acarinhava meus cabelos- Me prometa que vai confiar em mim. E me diga
que eu posso confiar em você.
-Eu confio em você. –respondi em lágrimas- E sim, você pode confiar em
mim porque eu te amo e não ia fazer nada que te machucasse.
TAÍ O CAPÍTULO AMORES. DESCULPA DEMORAR A POSTAR E DEPOIS POSTAR UM PEQUENO, É QUE AQUI EM CASA TÁ EM REFORMA E É UMA HORA SÓ PRA EU ACHAR OS CABOS DO CARREGADOR DO NOTE E ETC. :( MAS SE VOCÊS QUISEREM EU POSTO O VINTE E OITO HOJE AINDA, É SÓ COMENTAR. :) BEIJINHOS DA DAN! ;)
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