Oitenta e Quatro


Acordei antes do Luan e fiquei olhando ele dormir. Eram 8:30 no relógio. Me levantei e fui tomar um banho. Fiquei um bom tempo lá, pensando no que aconteceria dali pra frente. Repassei a noite anterior em minha cabeça mais uma vez. Teria que ser grossa com ele pra que ele entendesse? Pensava ainda nisso quando o box do banheiro se abriu e mãos já conhecidas  tocaram minha cintura.
-Bom dia...
-Bom dia meu amor. Dormiu bem?
-Sim, e você?
-Também. Sonhei com você.
-Sonho bom?
-Sempre bom. Sonhei que estávamos em nossa noite de núpcias.
-Porque isso não me surpreende? –ri.
-Tinha um piano, e você tentava me ensinar a tocar.
-Tanto tempo que não faço isso...
-Podia me ensinar hoje.
-Mas eu não tenho mais o meu piano...
-Tem certeza? –me virei.
-Luan... você...? –vi um sorriso de menino que aprontava na cara dele.
-Vai lá na sala.
-Meu Deus... –coloquei um roupão e desci a escada alucinada. No canto da sala, perto da escada, havia um piano branco com um enorme laço de presente em cima.
-Luan...
-Gostou?
-É lindo... Como entrou aqui e eu não vi? –eu olhava pro piano extasiada pela surpresa.
-Pedi para virem cedo, antes que você acordasse. Daí eu... –não deixei o Luan terminar de falar e pulei nele.
-Obrigada amor. Obrigada, obrigada, obrigada!
-Eu te amo.
-Eu te amo. Do tamanho do universo.
-Bom dia casal... –Lívia desceu.
-Bom dia Lí. Vai se despedir do Bernardo?
-Mais do que isso, tenho que ter  uma conversa com o papai.
-Vish... boa sorte. –Luan disse.
-Tchau mana, dá um beijo no Bernardo por mim.

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