Considerações Finais

AMORES, DA MINHA LIFE! AQUI ESTOU EU NO FIM DE MAIS UMA FANFIC. BEM, EU TENTEI FAZER UMA COISA MEIO DIFERENTE NESSA, COM UMA FÃ COMO COADJUVANTE (MAS DIZ AÍ, SE VOCÊ NÃO QUIS SER A ANA EM ALGUNS MOMENTOS?!)EU ESPERO QUE VOCÊS, ASSIM COMO EU, TENHAM CURTIDO A HISTÓRIA. EU QUIS FAZER UMA COISA MAIS DIFERENTE AINDA E FIZ UM FINAL MEIO TRISTINHO, NÃO SEI SE VOCÊS GOSTARAM... 
BEM, É ISSO AMORS. MUITO OBRIGADO POR ME ACOMPANHAREM DURANTE QUASE UM ANO DE FANFIC. ME DESCULPEM PELA DEMORA DE POSTAR OS CAPÍTULOS, MAS É QUE É MUITO PUXADO NO COLÉGIO E NEM SEMPRE EU TENHO TEMPO DE POSTÁ-LOS. ME DESCULPEM TAMBÉM POR QUALQUER OUTRA COISA, TÁ BOM?
BEM, SE VOCÊ QUE TÁ AÍ DO OUTRO LADO LEU TUDINHO E GOSTOU (OU NÃO, ACEITO CRÍTICAS TAMBÉM!)MAS NÃO COMENTOU AINDA, COMENTE AQUI E DEIXE UMA AUTORA FELIZ! HAHAHA
AMORS, É ISSO. ATÉ A PRÓXIMA FANFIC (SIM, TEM MAIS VINDO POR AÍ O/). PRA SABER DE NOVIDADES, BASTA CURTIR A SAGA SINAIS NO FACEBOOK (CLICA) OPU ME SIGAM NO TWITTER (CLICA). BEIJINHOS DA DAN! ;)

Epílogo

6 ANOS DEPOIS

-Filha, vamos? –chamei a Elen, que estava brincando na sombra de uma árvora. Estavamos em um parque perto de casa.
-Não quero papai. – ela se virou, com a franjinha balançando por causa do vento.
-Vamo meu amor, papai te dá sorvete quando chegar.
-E a gente vê a mamãe? –ela amava ver o vídeo do meu casamento com a Ana.
-Sim princesa, a gente vê a mamãe. Agora vamos? –me levantei e peguei na mão dela.
-Hoje a gente vai arrumar a árvore de Natal?
-Se você prometer ajudar o papai, a gente arruma. –ela comemorou e a coloquei em meu ombro até chegarmos no carro. Coloquei ela na cadeirinha do banco de trás e fomos pra casa da Lívia. Desde que a Ana se foi, os dias foram difíceis.  Em datas como o Natal, era pior. Eu não conseguia ser 100% o que a Elen precisava. Mas naquele dia era diferente. Eu sentia uma paz, um conforto, como se ela estivesse comigo. Passamos pouco tempo juntos, mas cada segundo valeu a pena.  E mesmo ela tendo ido tão cedo, me deixou um tesouro inestimável.
Quando chegamos, assim que tirei a Larissa da cadeira, ela correu para a Lívia, que estava ao lado do Bernardo e grávida de oito meses. Travei o carro e fui até eles.
-Elen, não corre assim.
-Deixa a menina, Luan! –a Lívia disse e riu.
-Tia, cadê o Paulinho? –Elen perguntou
-Tá lá dentro, vem que eu te levo. –o Bernardo pegou ela pela mão e levou pra dentro.
-Lívia, eu vou dar uma volta.
-Vai lá, eu cuido dela. Você tá precisando.
Depois de muito rodar com o carro, acabei voltando para o parque. Saí do carro e voltei pra mesma sombra de árvore onde a Elen estava. Pensei em como seria se a Ana ainda estivesse ali. Eu pensei que depois de seis anos, o meu choro diminuísse. A saudade eu sei que não, ela nunca iria embora. Porque eu nunca mais iria ver a minha gata do mato acordar pela manhã e tentar esconder o rosto de mim. A gente nunca mais iria viajar pra um lugar paradisíaco e dançar em uma roda de samba, E nem mesmo eu ia acordar de madrugada coma voz dela sussurrando alguma coisa indecifrável. Me deixei cair no chão. Triste, com saudade... Eu e Ana havíamos nos tornado um só, almas gêmeas, irmãos, melhores amigos e amantes. Por isso aquilo tudo era difícil de aceitar. Mas nós éramos para sempre. Para sempre além de todas as barreiras. Tínhamos um elo inseparável, inquebrável. Metade de nós em uma pessoa que fazia o nosso futuro existir. E enquanto ela estivesse em meu coração, ela estaria viva.
O sol começou a se por no horizonte. Mas ele voltaria no outro dia. Voltar... talvez era disso que eu precisava. Mas voltar não era a palavra certa. Quando o sol nascia de novo, o dia recomeçava. E era isso o que eu precisava fazer, recomeçar. Mas com ela sempre comigo.

Uma brisa tocou meu rosto. Fechei os olhos e me lembrei. Era como se eu estivesse vivendo aquilo de novo. Eu sentado, a Ana logo atrás de mim. Senti seu abraço e a frase que eu mais amava escutar ela dizer: “eu te vivo”

Noventa e Cinco (ÚLTIMO CAPÍTULO)


Um mês se passou. Eu ainda não tinha pegado a Elen no colo. Era que... ela me trazia tantas lembranças, principalmente porque ela era muito parecida com a Ana. Mas eu sabia que não podia ficar distante da minha filha o tempo todo. Ela só tinha a mim. E eu não podia ignorá-la. Logo ela falaria sua primeira palavra, daria seus primeiros passos, e eu tinha que estra ao lado dela. Por ela e por mim.
Em mais uma noite de insônia, ouvi a Elen chorar. Me levantei de imediato e fui até o quarto dela. Quando a coloquei no colo, ela parou de chorar imediatamente. Estava inseguro por segurá-la pela primeira vez, e ao mesmo tempo, tão completo. Era como se eu estivesse segurando a maior preciosidade do mundo em minhas mãos. Na verdade, eu estava sim. Eu estava segurando o meu mundo. Ninei um pouco e ela voltou a dormir. Quando coloquei a Elen de volta no berço, vi que a Lívia estava parada na porta do quarto.
-Oi. –eu disse.
-Oi papai. –ela respondeu e riu baixinho- Sempre imaginei como seria quando você tivesse um filho. Ficava imaginando como seria a sua carinha olhando pra ele...
-E eu te decepcionei, não foi?
-Não. Você diz isso porque não viu a cara que fazia enquanto ninava a Elen.
Olhei pra minha filha dormindo feito um anjinho.
-Acho que a gora é a hora. –ela disse.
-Hora de que?
-De você ler uma coisa. Fica aí. –ela saiu do quarto e voltou em um instante com um envelope selado- Pra você. Boa noite. –ela saiu do quarto e eu me sentei numa poltrona no quarto da Elen. Abri o envelope e reconheci a letra da Ana.
“Eu te amo. E espero que você se lembre disso por toda a eternidade; Não sei se passamos muito ou pouco tempo juntos, mas Deus sabe o que faz. Acho que estou grávida. Logo logo eu vou ter essa confirmação. Não vou te ligar hoje, porque depois de amanhã nos casaremos, e estou planejando um momento perfeito para te contar isso.
Pra falar a verdade, estou com medo. Medo de perder você, medo de nunca mais poder ouvir sua risada, sua voz, de nunca mais sentir seu abraço, rir de suas palhaçadas...
Não sei quantos filhos temos, mas por favor ame-os em dobro. Não importa se eles são crianças ou já adultos formados, eles precisam de você agora, então por favor seja forte. E principalmente, saiba quando será a sua hora de recomeçar.
Seja feliz. Por mim.
Sou uma tola escrevendo essas palavras, porque o medo não diminui. Eu quero estar com você para sempre, além das barreias entre a vida e a morte, mais do que quero estra com qualquer outra pessoa, e sei que nem todo o tempo do mundo seria o suficiente.
Sinto-me uma boba por certas coisa, certas escolhas. Se pudesse, reviveria cada segundo que passamos, e procuraria adiar a hora da despedida.
Se alguma vez tivermos brigado sério, me desculpe. Me sinto uma idiota. Queria estar com você agora mesmo. Queria estar em seus braços, queria que você cantasse pra mim, queria apostar corrida com você na praia de novo e reviver todos os momentos mágicos que tivemos. Mas não posso, por alguma razão que talvez eu nunca entenda.
A cada segundo que você respirar, lembre-se que eu te “vivamo”. Podemos não ter tido a nossa creche ou podemos ter tido, mas nosso ou nossos filhos são a nossa continuidade, a prova do nosso amor. Eu os amo mesmo que eles nem existam ainda. Mas isso não é novidade pra mim. Eu te amava sem ao menos saber, eu te esperava sem ao menos te notar e te amarei eternamente.
Com amor,

Ana Maria.”

Noventa e Quatro

LUAN ON
Eu não conseguia ficar quieto, andava de um lado a outro. Quando meu pai chegou, ele conseguiu me acalmar um pouco.
-Calma filho, vai dar tudo certo, você vai ver.
Depois de um tempo, me disseram que o bebê já estava no berçário.
-E a minha esposa?
-Ainda está na sala de cirurgia.
-Ela vai ficar bem? –a enfermeira pareceu procurar palavras.
-Estamos tentando.
-Vamos ver sua filha, Luan. –meu pai me chamou. Uma parte de mim queria invadir a sala e ficar ao lado da Ana, a outra estava desanimada até mesmo pra sair do lugar. Eu não sabia se queria ir ver o bebê, mas fui. Eu e meu pai fomos no elevador em silencio. Quando as portas se abriram, a minha mãe e a Bruna estavam babando em frente ao vidro.
-Vem ver, Luan. -a Bruna me chamou e apontou uma menina deitada na primeira fileira. Ela era forte, linda e se mexia mais do que qualquer outro recém-nascido ali.
Os pais da Ana também foram até o berçário. Olhando ela, eu concordei que o nome Elen combinava mais. E eu tinha certeza de que mais cedo ou mais tarde, a Ana ia me convencer desse nome.

LUAN OFF/ANA ON
Eu não sabia o que me mantinha acordada. Aplicaram algum remédio em mim que fez com que minha dor parasse, mas pelo que eu via ao meu redor, a minha situação não era das melhores. Eu sentia o pior cansaço do mundo, como se tivesse corrido dias e dias a fio. Estava tudo embaçado ao meu redor quando colocaram algo no meu nariz. Eu precisava daquilo pra respirar? Talvez sim. E então eu ouvi um choro. Um chorinho que eu reconheceria a milhares de quilômetros mesmo que aquela fosse a primeira vez que eu o escutei. Eu tentei me levantar para vê-la, mas não consegui. Era como se minha cabeça pesasse toneladas. Vi, ainda que somente como um vulto, um bebê sendo levado para longe. Era o meu bebê? Porquê eu não podia vê-la?
Eu queria gritar por ela, mas não tinha forças. Eu queria pedir pro Luan leva-la até mim, mas não conseguia. Onde ele estava? Eu precisava vê-lo. Precisava dele ao meu lado, mais do que nunca. Mas eu estava só. Cercada por um bando de desconhecidos agoniados como se estivesse tentando salvar alguém.  Esse alguém... Esse alguém era eu!
-Batimentos cardíacos diminuindo. –ouvi alguém dizer.
Onde estava minha família?
Comecei então a me recordar do sonho. Eu não precisava ter medo de que o Luan me deixasse. Porque era eu quem o estava deixando. Ele a nossa filha não precisariam fingir que eu não existia, porque eu realmente não existiria mais.
Não poderia acabar daquele jeito! Comecei a lutar silenciosamente pela minha vida. Depois de passarmos por tanta coisa, eu iria embora assim? E nossos planos? E as minha filha?
No meio de toda aquela agonia, eu senti uma paz inexplicável. E então eu simplesmente deixei de lutar e em deixei levar por aquela sensação de que tudo acabaria bem.

ANA OFF/LUAN ON
Deixei meu pensamento voar, e por um tempo eu simplesmente fiquei observando a Elen. Uma pediatra a examinou ainda no berçário, e eu ficava observando cada canto onde ela ia. Até que o elevador se abriu e meu pai tocou meu ombro pra que eu me virasse. Observei o rosto do médico antes mesmo que ele olhasse em minha direção.
-Doutor, como tá minha filha? –a mãe da Ana perguntou. Só então eu percebi que ela segurava um terço entre as mãos.
-É difícil... Nós tentamos muito, mas infelizmente... Ela não sobreviveu à hemorragia. –todos ficaram sem reação. Eu fiquei sem chão.
Era como se a um piscar de olhos atrás eu estivesse feliz e agora... Eu estava sem rumo. Era como um pesadelo. Eu queria que fosse um pesadelo, queria ter a certeza de que acordaria a qualquer momento. Senti a mão da Bruna em meu braço e me afastei. Eu precisava sair dali.

Apertei o botão do elevador diversas vezes, mas então desci pela escada correndo em direção à garagem. Sim, era loucura dirigir após saber da morte de sua esposa, mas era também o modo mais rápido de sair dali. Saí por lugares desconhecidos, porque eu precisava. Talvez eu encontrasse paz em alguns desses lugares, ou quem sabe a Ana estivesse escondida em algum lugar. Mas eu sabia que por mais que eu procurasse, ela não estaria.

AMORS, A DEMORA PRA POSTAR ESSE CAPÍTULO NÃO FOI FALTA DE TEMPO, E SIM PORQUÊ ESSE FOI UM CAPÍTULO MUITO DIFÍCIL DE ESCREVER! BEM,É ISSO, ATÉ O PRÓXIMO CAP. A FIC JÁ TÁ NO FIM, VIU? BEIJINHOS DA DAN!

Noventa e Três



LUAN ON
A nossa lua de mel foram os dias mais perfeitos de nossas vidas. O olho da Ana não parava de brilhar, e Veneza pareceu pequena pra nós dois. Mas quando voltamos ao Brasil, tudo começou a se inverter. Ana correu pra fazer os exames e descobrimos que a gravidez dela era de risco. Não para o bebê, mas sim para ela. Era quase o mesmo motivo da irmã dela, Ester, não conseguir engravidar, com a diferença que o corpo da Ana não rejeitava a criança. Ela nunca descobriu isso porque nunca tentou engravidar. A possibilidade de perdê-la me abalou mas eu fazia de tudo para ser forte por ela. Ela também ficou abalada, mas fazia de tudo para parecer forte, sempre dizendo aos outros que ia ficar tudo bem com os dois.
Os sete meses que se seguiram foram difíceis. Os mudamos para uma casa em Londrina assim que casamos, mas quando eu ia fazer show, ela então ficava na casa de meus pais. Descobrimos que seria uma menina, e enquanto ela queria o nome Elen eu tentava convence-la com Nicole. Certo dia encontrei ela no quarto do bebê, chorando enquanto via algumas coisas que ganhamos. Quando ela me viu na porta, levantou os olhos rapidamente e depois abaixou a cabeça, enxugando as lágrimas.
-Vai ficar tudo bem. –tentei acalmá-la
-Eu tô com medo. Não quero ficar sem você...
-Porque você tá falando isso?
-O sonho... Eu tô sonhando a mesma coisa faz meses.
-Você quer contar?
-Não. Só quero que você me abrace.
Ficamos por alguns instantes ali abraçados até que a Ana resolveu se deitar um pouco.

No oitavo mês de gestação dela, eu dei um tempo nos shows. Foi um mês difícil. Ela estava sempre fraca e chorando escondido. À noite demorava muito pra dormir, com medo de um pesadelo constante, que ela me contou que era como se eu e a nossa filha a ignorássemos como se vez alguma ela tivesse existido.
Alguns dias antes de completar os nove meses, Ana insistiu que eu a  levasse numa pequena comemoração de boas-vindas a Paulo, filho de Ester e Maurício.
-Lu, vem no banheiro comigo?
-Vamo. –acompanhei ela até a porta. Depois de alguns segundos, ouvi a Ana gritar. Bati na porta.
-Ana, o que aconteceu? Ana!
Alguns segundos depois, ela abriu a porta.
-Me leva pra maternidade. Agora! –tinha sangue em suas roupas. Não era pra ter sangue, tinha alguma coisa errada.
Seu pai dirigiu, e nós dois ficamos no banco de trás do carro. A Ana gemia de dor e suava muito.
-Rápido pai, a minha filha... ai!
-Calma meu amor, vai dar tudo certo. –não sei se foram as palavras certas, porque ela começou a chorar.
-Se te perguntarem qualquer coisa... Salva minha filha, tá bom? Me promete que vai falar pra eles...
-Vocês duas vão estar logo logo em casa.
-Me promete...
-Prometo, prometo o que você quiser. Você vai ficar bem, e ela também.
Tiraram ela do carro e puseram numa maca.
-Não me deixa. –ela me pediu.
-Nunca. Eu nunca vou te deixar.
A empurravam em direção ao centro cirúrgico, e eu sabia que não poderia entrar.
-A gente vai se ver daqui a pouco, tá bem? –ela fez que não com a cabeça- Vai ficar tudo bem, eu prometo. Eu te amo. –a porta se abriu e eles a levaram pra dentro.
-Eu te amo. –a Ana respondeu antes de a porta se fechar.

Noventa e Dois - Parte Dois

Depois da clássica chuva de arroz, fomos em direção ao salão de festas onde seria a recepção.

[salão]

[segundo vestido da Ana cm os detalhes que eu esqueci de colocar no outro cap ‘-‘ (sapato, brinco, etc)]

Tempo pra falar com o Luan? Bem, não tive muito. Mesmo quando estávamos lado a lado, falávamos com outras pessoas, o que foi estranho. Mas após o brinde, tivemos direito à nossa primeira dança como casados, e então pudemos conversar,
-Senhora Santana, me daria a honra?
-Sim, Senhor. –rimos.
Depois de “rodarmos” um pouco, Luan disse:
-Queria que esse dia fosse eterno.
-Não...
-Por quê?
-Te dou três motivos. Um: acho que hoje as palavras que trocamos foram bem poucas, mesmo que tenham sido as mais importantes. Dois: o casamento de verdade, acho que começa a gora. E três... quero ver o rostinho do nosso bebê logo.
-Acho que hoje a gente faz esse guri, viu? –eu ri.
-A gente já fez.
Luan parou de dançar de repente, fazendo quem estava do nosso lado parar e olhar pra nós.
-Você... tem certeza? –fiz que sim com a cabeça- Eu vou ser pai? –os olhos do Luan começaram a ficar marejados.
-Vai.
-Eu te amo. Eu te amo Ana Maria. EU TE AMO! –ele gritou e praticamente todos viraram para nós. Luan se ajoelhou e beijou minha barriga, depois se levantou e subiu numa cadeira, gritando bastante alto para que todos ouvissem-  EU VOU SER PAI! –havia motivos de sobra pra comemorar. Um bebê vindo, nosso casamento e um ano de namoro. Sim, ele seria meu eterno namorado. Aquele dia com certeza foi o que eu mais chorei de felicidade em toda a minha vida. Como prometido, a minha vó estava lá, com meu pai do lado. Ela estava sorridente, e aquilo me animou mais ainda.
-Oi vó.
-Vou deixar vocês sozinhas. –meu pai disse e saiu. Estávamos no lugar menos barulhento do salão, já que a audição dela  era sensível.
-Acho que hoje é o dia mais feliz da minha vida. Eu tô grávida vó! E o Luan tá super feliz com isso –peguei a mão dela e coloquei sobre a minha barriga- A senhora vai ser bisavó.
Com a mão que estava livre, ela enxugou uma lágrima que eu deixei escapar. Eu a abracei.
-Aproveite... cada... –ela se esforçou mais um pouco- segundo. –pela primeira vez ema nos, eu ouvi a voz da minha vó. Ela pareceu lúcida por mais alguns segundos e depois voltou a me olhar como se não me conhecesse. Aquele seria eternamente nosso segred

Noventa e Dois - Parte Um


Finalmente tomei coragem para abrir os olhos. Uma mulher linda estava na minha frente. Eu a reconheci, então. Aquela mulher era eu. Olhei o vestido de cima a baixo, por todos os lados possíveis.
[look da Ana *--*]


Eu estava pronta? Depois de alguns minutos que eu saísse dali, eu seria uma mulher casada. Viajaríamos em lua de mel, e quando voltássemos, iríamos para nossa casa. Eu estava realmente pronta para aquilo tudo?
-O carro chegou. –meu pai abriu a porta e eu mal tive tempo de me responder àquela pergunta- Ana... –vi meu pai de um jeito diferente naquela hora. Ele parecia uma manteiga derretida, com os olhos cheios de lágrimas e sussurrando coisas que eu entendia 1 em cada 5. Então ele me abraçou.
-O que eu mais quero no mundo é que você seja feliz. Mesmo que eu não fique completamente eufórico com esse casamento tão rápido e esteja ainda um pouco chateado com seu noivo.
Eu sorri, fazendo de tudo para não chorar. Se ele não reclamasse pelo menos um pouco, não seria meu pai.
-Obrigado por tudo, pai.
-Sabe, acho que pela primeira vez, eu... Eu assumo pra mim mesmo que você não é mais minha garotinha,
-Eu já disse que vou ser sempre sua garotinha, doutor Ricardo. Sempre vou pedir colo e sempre vou pensar muito antes de querer levar uma bronca. Eu te amo pai.
-Também te amo.
-Está bem, chega ou eu vou acabar chorando também. Vamos?
-Acho que sim. Você já tá pronta? –respirei fundo.
-É... tô.

Ele não me soltou até quando podia ficar grudado em mim. Mas quando a porta da Igreja se abriu, só um olhar, uma pessoa me importava. Eu esqueci quase de tudo. A decoração ficaria pra depois, os convidados também, porque meu olhar não conseguia sair dele.
Desejei que a marcha nupcial fosse um pouco mais rápida. Queria correr lá em um segundo, fazer meus votos, contar que eu estava grávida... Mas eu tinha que seguir isso.
Quando meu pai colocou aminha mão em cima da do Lua, nenhuma máquina do mundo seria capaz de contar quantas vezes o meu coração batia por segundo. Em um piscar de olhos, Luan estava fazendo seus votos.
-Eu prometo te proteger, cuidar de você como minha joia rara, te amar mais do que tudo no mundo e nunca te deixar sozinha. Ah, e não reclamar quando você quiser jogar videogame de madrugada. –rimos- Eu te amo, Ana Maria.
Era a minha vez. Eu tinha na cabeça votos quase prontos, mas resolvi deixar pra lá e fazer tudo na hora.
-Eu te amo. E prometo cuidar de você, te aconselhar quando for preciso e mesmo que algum dia estejamos separados por alguns quilômetros, eu te prometo que sempre, sem nem um segundo de falta, eu vou estar ao seu lado, por toda a eternidade. Eu te amo Luan Rafael.