Setenta e Nove


No outro dia de manhã, eu fui pra Londrina.
-Oi Dona Mari, seu Amarildo...
-Oi Ana. –eles responderam.
-Cadê o Luan.
-Tá no quarto.
-Tá bom, eu vou lá.
Quando cheguei lá, Luan tava todo enrolado no edredom.
-Lu?
-Oi amor. –ele colocou a cabeça pra fora da coberta.
-O que aconteceu?
-Acho que tô com um pouco de febre. Já tomei o remédio, daqui a pouco melhoro.
-Desde quando cê tá assim?
-Desde que acabou o show. Mas não precisa se preocupar, eu fico bem logo.
-Tá sentindo mais alguma coisa? –ele fez que não com a cabeça.
-Só um pouco cansado.
-É por causa da febre mor. Fica quietinho que passa.
-Se você ficar aqui pertinho de mim vai passar mais rápido ainda.
-É?
-Aham.
-Então eu vou ficar. –me sentei na cama e ele colocou a cabeça em meu colo.

ANA OFF/LUAN ON

-Lu? Acorda meu amor.
-Oi amor.
-Vem jantar.
-Não quero comer.
-Luan, você tem que comer, levanta daí.
-Tá bom, já vou. Mandona. –rimos.
Quando eu e a Ana descemos a Bruna subiu.
-Mamusca, o que a Bruna tem? –perguntei.
-Não sei, ela tá assim desde que chegou do aniversário.
Jantamos e eu fui no quarto dela.
-Piroca? –ela tava deitada na cama assistindo tv- O que cê tem?
-Nada não. Só tô sem fome.
-E essa cara?
-É a única que eu tenho. –ela riu.
-Não é não.
-Já tá melhor?
-Tô. Cê não quer ir pro Rio com a gente?
-Segurar vela? Deus me livre! –rimos.

LUAN OFF/ANA ON

-Amor? Acorda.
Senti algo me arranhando no pescoço.
-Acordei já. Lu... cê tá de barbinha, que lindo! –Luan olhou pro teto.
-Nosso voo sai às dez.
-Você já tá melhor, né?
-Tô sim. Com você, nenhuma febre é absolvida. Ela levou uma sentença de dez anos sem direito a recorrer. –rimos.
-Que hora é essa?
-Oito e meia. –ele olhou no celular.
-Então a gente devia levantar.
-É, devia. –continuamos deitados olhando pro teto.
-Não quer ir primeiro?
-Não, vai você. Ainda tá um pouco mole.
-Tá. Mas sai da preguiça, fechado?
-Fechado. –rimos.

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