Oitenta e Três


ANA ON
Depois daquilo, nem existia mais clima pra comemorar nada. O presente? Bem, ficou em cima da mesa, talvez se alguém quisesse ficar, poderia. Bernardo e Lívia foram no meu carro junto comigo e o Lua, que estava dirigindo. Deixamos o Bernardo na casa de meus pais e fomos pra minha casa. Lívia estava encolhida no banco de trás, no celular. Estávamos em silêncio até que Luna aumentou demais a velocidade do carro.
-Luan, vai mais devagar. –ele diminui a velocidade. Lívia olhou pra mim pelo retrovisor. Ela estava um pouco assustada também. Tínhamos visto Luan se exaltar um pouco com a Bianca, mas naquele dia foi quase o triplo.
Meu Deus... Primeiro a Bianca, depois o Marcelo volta... Nunca conseguiríamos ficar em paz? Uma lágrima me escapou, mas eu a enxuguei antes que alguém visse. Quando chegamos em casa, Luan foi pra cozinha. Achei estranho, mas não disse nada. Lívia foi pro seu quarto e eu fui tomar um banho. Quando terminei e saí pro quarto, Luan ainda não estava lá. Me sentei na cama com as mão no rosto. Nunca conseguiríamos ficar bem? Cara, não tinha um ano que a gente tinha começado a namorar! O que era aquilo? Um tipo de teste, um aviso de que a gente não devia ficar juntos, ou o que? Porque tanta coisa, tanto sofrimento só no nosso primeiro ano?
Depois de um tempo ali, eu desci pra cozinha. Luan tinha acabado com quase uma garrafa inteira de uísque (a única que eu tinha). Ele tinha tirado a camisa e estava jogado numa cadeira da mesa.
-Chega Luan. –tirei a garrafa de perto dele. Ele bebeu o que tinha restado do copo em sua mão.
-Porque você não me disse que ele tinha voltado?
-Achei que ele fosse embora de novo.
-Mas não foi. –me sentei em outra cadeira, do lado dele- Por isso você tava deixando o celular desligado. Por isso você tava tão distraída naquele dia. Nem quis saber do nosso casamento... Vocês conversaram? No aniversário da Lívia?
-Um pouco.
-E o que? Você deu seu número pra ele, chamou pro aniversário, quis ser amiguinha?
-Eu não falei pra onde a gente ia nem dei meu número.
-E como ele descobriu? Bola de cristal?
-Nãos ei como ele descobriu Luan, mas não fui eu!
-Então vocês conversaram sobre o que? Ele quer você de volta? Você quer voltar pra ele, Ana? Vai. Você não quer mais casar comigo? Prefere oque? Ficar com ele pra ele aparecer quando quer? Vai, pode ir. Você não serve pra mim.
-É, não sirvo, Sirvo pra isso só né?  Pra aguentar seus desabafos depois de uma garrafa quase inteira de uísque, pra apanhar no meio da rua, pra ser taxada de idiota por todo mundo! Você tá certo Luan, eu não sirvo pra você. Vai atrás de uma vadia qualquer que te encha o saco pro resto da vida, vai! Mas vai logo, antes que você se arrependa, porque eu não vou me arrepender! Porque você não me deixou ir embora, porque foi atrás de mim, por quê? Talvez eu tivesse feliz se... Quer saber porque eu aceitei casar com você? Pra não te fazer de bobo com tanta gente olhando! –eu estava gritando àquela altura, e mentindo cada vez mais. Luan segurou o meu braço com força e aproximou seu rosto do meu.
-É mentira. Você não sabe mentir.
-Eu te odeio.
-Já disse que você não sabe mentir, Ana Maria. –abaixei o olhar- Você não só serve pra mim, você foi feita pra mim. Cada pedacinho seu, cada parte de você...
-Me desculpa?
-Só me beija.

AMORS, DESCULPA POR NÃO TER POSTADO ESSES DIAS, TÔ GRIPADINHA, MEIO MAL... MAS VOU FAZER DE TUDO PRA POSTAR OS CAPS. ATÉ PORQUE A FIC JÁ TÁ NA RETA FINAL. AMO VCS, BEIJO!

Oitenta e Dois


-Porque não pode? É só um presente.  Eu devia ter te dado no aniversário da Lívia, mas aproveitei que estaria aqui no seu aniversário, então eu trouxe.
Que palhaçada era aquela? Ela sabia que ele tinha voltado e não me disse nada?
-Licença. –ela se levantou em direção ao banheiro. Ele ficou me encarando do outro lado da mesa. Quando a Ana finalmente entrou no banheiro, eu olhei quase não me aguentando mais no lugar.
-Cara, vai embora. –eu disse e ele me olhou me desafiando.
-Não vou a lugar nenhum.
-Você achou o que? Que iria voltar numa boa e ela ainda ia estar aqui do mesmo jeito te esperando? Que você seria bem vindo voltando a hora que bem entendesse?
-Não tenho que dar satisfações a você. Quando eu sair daqui, a Ana Maria prometeu que me esperaria. Quando eu volto, ela se jogou nos braços do primeiro cantorzinho que apareceu feito uma va...
-Não fala assim dela. –a Ester se levantou. Maurício ficou logo atrás dela. Me levantei também e os olhares dor restaurante inteiro viraram para nós.
-Ester, eu achei que a gente fosse amigo. Afinal de contas, você apresentou a gente.
-Custava tentar vir atrás dela? –ela respondeu.
-Eu tentei mas...
-Não veio antes e agora não precisa mais. Ela tá comigo, ela gosta de mim e agente vai se casar. –ele se levantou.
-Eu só queria conversar. Mas já que você não quer que seja na paz, que seja na guerra. –cerrei os punhos. Não ia estragar o aniversário da Ana (isso se tivesse como salvar), porque era o que ele queria. Quando a Ana voltou do banheiro, ainda estávamos todos de pé, mas sem trocar uma palavra.
-O que tá acontecendo? –a Ana veio pro meu lado, o que me fez em acalmar.
-Ana, depois a gente conversa.- ele disse pra ela e fez como se fosse em sua direção, mas depois parou, se virou e foi embora. Ester e Maurício se sentaram. Eu ui atrás dele.
-Luan, esquece isso. –ouvi a Ana falar.
-Ei! –chamei ele. Quando ele virou, acertei-lhe um soco.- Não volta pra perto dela. –esperei que ele fizesse alguma coisa, mas simplesmente colocou a mão sobre o lugar  e deu um sorriso irônico.
-A gente vê se não. A gente vê.

Oitenta e Um


UM MÊS DEPOIS (ANA ON)
Era meu aniversário. Luan não tinha shows, então foi pra Curitiba passar o dia inteiro comigo. Era de noite e faríamos um programa só de casais. Eu e Luan, Isa e Roberto, Ester e Maurício e o casal ainda não oficializado Bernardo e Lívia. Estávamos conversando sobre coisas engraçadas que aconteciam eventualmente, quando a Isa, que tava do meu lado, me cutucou a perna e olhou pra frente. Acompanhei seu olhar e vi o que não queria ver de jeito nenhum. O Marcelo estava vindo com uma caixa na mão. Num ambiente claro, percebi que ele havia mudado. Estava maior e com músculos e barba e o cabelo grande e preso num rabo de cavalo. Quando nosso olhar finalmente se encontrou, um clima tenso pairou sobre o lugar. Maurício foi o primeiro a levantar, surpreso.
-Cara, você voltou!? –eles se abraçaram.

ANA OFF/LUAN ON

Eu parecia ser o único a não saber quem era aquele cara.
-Parabéns Ana. –ele disse e deu um presente pra ela. Ela pegou e ficou um pouco sem jeito.
-Obrigado.
-Ah, levanta! Deixa eu te abraçar...
-Marcelo, eu acho que...
-Teté, não tem nada, é só um abraço de aniversário. –ele interrompeu a Ester e puxou a Ana da cadeira. Segurei uma das mãos dela, e mesmo abraçando ele, ela não me soltou. Finalmente eu estava cara a cara com quem teve coragem de deixar a Ana ao léu. De deixa-la chorando por anos, tendo pesadelos e constantes e quase desacreditada no amor.
-Não vai me apresentar? –ele disse.
A Ana estava em um desconforto ali entre a getne. Quando ele falou isso, meu sangue ferveu. Pra que ele queria ser apresentado? Pra que eu queria conhecer o cara por quem a minha noiva foi enlouquecidamente apaixonada por anos e anos?
-Luan, esse é o Marcelo. Marcelo, esse é meu noivo, Luan.
Ele me estendeu a mão. Eu queria era enfiar a minha no meio da cara dele, mas por educação eu apertei.
-Abre o presente, Ana. Você vai gostar.
-Não posso aceitar um presente seu.

Oitenta


Quando chegamos no Rio, haviam vários recados  pra mim no correio de voz do celular. De um mesmo número. Eu tinha certeza que era o Marcelo. Não havíamos conversado ainda, e o quanto que pudesse adiar isso, assim eu faria.
-Eu já marquei a data mor.
-De que?
-Do nosso casamento.
-Porque cê não me chamou?
-Você disse que queria surpresa, só vou te falar dois dias antes.
-É foi, eu disse isso. Me desculpa. Eu fico avoada no fim do ano.
-Até quando o assunto é nosso casamento?
-Lu, me desculpa, mas é que eu... tô de TPM, desculpa. –ele riu.
-Tudo bem.
-Eu te amo. Muito. Do tamanho do universo elevado a vigésima potencia.
-Eu te amo do tamanho do universo elevado à milésima potencia.
-Isso dá muita coisa.
-Tanta que eu nem sei contar. –rimos.

ANA OFF/LUAN ON
Faltavam minutos para a meia-noite. Ficaríamos na varanda da suíte que reservei pra nós dois, de frente pra praia de Copacabana. Ouvi a porta do banheiro abrir e me virei. A Ana estava linda. Ela sempre era, mas estava mais do que o costume. Parecia que o brilho das estrelas tinha ido pro seu olhar. Seu cabelo estava solto de um jeito desarrumado e milimetricamente sexy. Ela estava com uma saia curta na frente e grande atrás (eu não sabia nem meu nome naquele momento, muito menos o nome da saia). Olhei suas pernas e perdi a respiração por alguns segundos. O perfume dela me atraía pra cada vez mais perto. Ela era linda. Ela era minha.
-Lu?
-Você... tá linda.
-Obrigado. –ela respondeu e ficou vermelha. Ela ainda ficava vermelha quando eu a elogiava, isso era tão... encantador.
-Três minutos. Pode me acompanhar  até seu camarote, senhorita?
-Sim senhor. –ela riu e me deu o braço.
Foi tudo lindo. Eu, ela, a virada... Mas meu coração se alegrou mais ainda com o que ela disse depois do brinde.
-Eu prometo.
-O que?
-Só nós dois. Não só aqui, por toda a vida. Até sermos três.
-Cinco.
-Quatro.
-E a creche, fica onde?
-A creche fica pra quando eu tiver paciência pra um monte de fralda suja. –rimos.
-Daqui a quatro meses... –peguei na mão dela.
-Serei a Senhora Santana.  Com muito orgulho.

Setenta e Nove


No outro dia de manhã, eu fui pra Londrina.
-Oi Dona Mari, seu Amarildo...
-Oi Ana. –eles responderam.
-Cadê o Luan.
-Tá no quarto.
-Tá bom, eu vou lá.
Quando cheguei lá, Luan tava todo enrolado no edredom.
-Lu?
-Oi amor. –ele colocou a cabeça pra fora da coberta.
-O que aconteceu?
-Acho que tô com um pouco de febre. Já tomei o remédio, daqui a pouco melhoro.
-Desde quando cê tá assim?
-Desde que acabou o show. Mas não precisa se preocupar, eu fico bem logo.
-Tá sentindo mais alguma coisa? –ele fez que não com a cabeça.
-Só um pouco cansado.
-É por causa da febre mor. Fica quietinho que passa.
-Se você ficar aqui pertinho de mim vai passar mais rápido ainda.
-É?
-Aham.
-Então eu vou ficar. –me sentei na cama e ele colocou a cabeça em meu colo.

ANA OFF/LUAN ON

-Lu? Acorda meu amor.
-Oi amor.
-Vem jantar.
-Não quero comer.
-Luan, você tem que comer, levanta daí.
-Tá bom, já vou. Mandona. –rimos.
Quando eu e a Ana descemos a Bruna subiu.
-Mamusca, o que a Bruna tem? –perguntei.
-Não sei, ela tá assim desde que chegou do aniversário.
Jantamos e eu fui no quarto dela.
-Piroca? –ela tava deitada na cama assistindo tv- O que cê tem?
-Nada não. Só tô sem fome.
-E essa cara?
-É a única que eu tenho. –ela riu.
-Não é não.
-Já tá melhor?
-Tô. Cê não quer ir pro Rio com a gente?
-Segurar vela? Deus me livre! –rimos.

LUAN OFF/ANA ON

-Amor? Acorda.
Senti algo me arranhando no pescoço.
-Acordei já. Lu... cê tá de barbinha, que lindo! –Luan olhou pro teto.
-Nosso voo sai às dez.
-Você já tá melhor, né?
-Tô sim. Com você, nenhuma febre é absolvida. Ela levou uma sentença de dez anos sem direito a recorrer. –rimos.
-Que hora é essa?
-Oito e meia. –ele olhou no celular.
-Então a gente devia levantar.
-É, devia. –continuamos deitados olhando pro teto.
-Não quer ir primeiro?
-Não, vai você. Ainda tá um pouco mole.
-Tá. Mas sai da preguiça, fechado?
-Fechado. –rimos.

Setenta e Oito



Entrei de novo. A Lívia estava com esse vestido

E se preparava para uma dança com os amigos, mas estava nervosa.
-Ana, não era pra eu te falar nada. Olha, você sabe o que eu acho né?
-Tá tudo bem Li. Eu amo o Luan. Agora eu tenho mais certeza do que nunca.
Eu realmente tinha. Eu havia passado por uma coisa difícil demais. E percebi que nosso amor era como a rocha mais firme da Terra. Por cima dela podia se passar furacões, tornados e tempestades, mas ela continuava firme. Às vezes parecia que se mudava de lugar, mas ia contra as expectativas e continuava ali, firme e cada vez mais forte.
Lívia voltou pro salão e começou com seus amigos a fazer a coreografia de “Gangnam Style”, contagiando todo mundo.

Acordei no outro dia de tarde e me lembrei que aquele dia era o último do ano em que eu poderia  ir ver a vovó. No outro dia, eu iria para Londrina e então, eu e Luan iríamos para o Rio, onde passaríamos a virada.
Me arrumei e fui até o lar onde ela estava. Minha vó começou a dar alguns sinais de Alzheimer após a morte de meu avô e desde então a doença foi se agravando. O médico dela recomendou que ela ficasse em cuidados médicos 24 horas. Foi difícil, mas concordamos que era o melhor pra ela.
-Oi vovó. –disse e sorri, mas ela não teve nenhuma reação- O médico me  falou que a senhora está bem esses dias. Fiquei feliz. –sentei numa poltrona ao lado dela- Vó sabe o Luan, meu noivo? –ela não sabia, mas eu continuei falando- Acho que a  gente finalmente vai conseguir ter  paz, sabe? O nosso problema foi embora, eu tô feliz por isso. Mesmo que não seja verdade, que ela não tenha ido embora, prefiro acreditar que seja. A gente não tem muito tempo pra ficar junto, sabe aquela coisa de dar atenção um proo outro 24 horas? Ou não tinha. Eu largo tudo pra ficar com ele, se for preciso. Acho que... eu seria capaz de ir na lua pegar um pedacinho pra ele, eu  nadava o oceano inteiro só pra ver ele, eu aprenderia a voar por ele. E sabe aquele medo que se tem da pessoa não fazer o mesmo por você? Eu não sinto esse medo. Eu não sei se isso é bom ou ruim, mas tenho certeza disso. Por tudo o que a gente passou, sabe? E é meio loucura que isso tudo tenha acontecido em sete meses de namoro. Outro dia, eu tava dando um fora nele. –eu ri- Mas a verdade é que desde o primeiro beijo, o primeiro toque, eu já tava perdidamente apaixonada por ele. E a senhora é convidada VIP do nosso casamento. –ela deixou uma lágrima cair- Vovó? Vó... a senhora tá chorando? –ela me olhou fixamente e eu apertei sua mão- A senhora sabe quem eu sou? –ela sorriu e desviou o olhar pra porta. Com aquilo, minha esperança de que ela finalmente se lembrasse de mim se foi. Ela não sabia.

Setenta e Sete - Parte Dois



AMORS, NINGUÉM QUIS, MAS TÁI A PARTE DOIS DO CAPÍTULO. .-. A FIC VAI ACABAR UM POUCO ANTES DO PREVISTO, MAS TODOS OS "MISTÉRIOS" (LEMBRAM DOS SONHOS?) VÃO SER RESOLVIDOS LOGO LOGO.

BRUNA ON

Saí pra falar ao telefone. Quando estava voltando, a Ana estava conversando com alguém que eu não conhecia. Percebi que o clima tava tenso, mas eles estavam parados bem na entrada, então resolvi ficar ali até eles terminarem.
-Não ficou feliz em me ver?
-A gente precisa conversar, aqui não dá pra fazer isso.
-Fiquei feliz quando recebi seu e-mail.
-Não queria atrapalhar nada. Não precisava vir pro Brasil por causa disso. –me assustei quando ouvi isso. Afinal de contas, quem era aquele cara? Depois disso, ele disse algo muito baixo, que não dava pra ouvir de onde eu estava.
-Eu amo o Luan. –a Ana disse com firmeza- Me desculpe, mas... Aconteceram tantas coisas depois que você foi embora, sabe? Eu mudei.
-E além de tudo, ele deve ter passado certinho pelo controle de qualidade dos seus pais.
-Para com isso! E eu tenho certeza de que você não ficou sozinho esse tempo todo, mas eu fiquei! Até conhecer ele, eu... Aqui não é lugar de conversar, tenho que entrar.
-Eu voltei porque tenho certeza que você é a mulher da minha vida.
-Não fala isso.
-Por quê? Você fica insegura, não é? Eu sei que você ainda gosta de mim, tem uma parte de mim que me diz isso.
-Marcelo, vai embora, por favor.
-Tudo bem. Amanha a gente conversa. Eu ligo pra você.
-Como você tem meu telefone?
Depois disso eu não ouvi mais nada. Me virei e vi que a Ana já tinha entrado. Esperei mais um pouco e entrei também.

Setenta e Sete - Parte Um



A festa estava a todo o vapor.
A entrada:

As mesas dos convidados:


A pista de dança:

Eu estava fantasiada de deusa

A Bruna de gata

A Roberta de pirata

E a Lívia era a princesa da festa


Um dos que tavam fantasiados de pirata puxou a Lívia pra dançar. O Bernardo estava em outro canto, e se percebia sua curiosidade para saber quem dançava com a minha irmã. Ele tinha cortado o cabelo, e quando eu elogiei, ele disse que tinha sido ideia da Lívia. Aquilo ia acabar em alguma coisa, eu percebia. (risos) Eu estava animada, dancei muito e conversei com as amigas da Lívia (algumas delas eram fãs do Luan, e me fizeram rir muitas vezes).
Quando eu estava indo ao banheiro, a Lívia saiu correndo, sendo acompanhada pelo olhar de todos da festa. Eu e Bernardo corremos atrás dela.
-Li, o que aconteceu? –perguntei. Ela parecia assustada.
-O pirata que tava dançando comigo é o...
-Quem? –perguntei quando ela demorou de falar.
-O Marcelo.
Não. Não naquela noite e muito menos daquele jeito. Eu não sabia o que falar pra ele, não sabia se estava pronta pra isso.
-Ele falou que era pra eu te dizer que era pra você ir ver ele lá fora. Eu disse que não ia contar e corri antes que você visse, mas... –não esperei ela terminar de falar e corri em direção à saída. Precisava ver ele para acreditar.

AMORS, QUERO COMENTS PRA POSTAR A SEGUNDA PARTE, VIU? NO QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI DAR O APARECIMENTO DELE ASSIM? SERÁ QUE VAI ROLAR BAFAFÁ? =S FIQUEM DE OLHO!

Setenta e Seis



ANA ON
-Daí quando eu cheguei em casa, meu quarto estava revirado.
-Foi o jeito dela de dizer tchau.
-É, eu sei, ela fugiu.
-Ela me ligou. Disse que tava cansada da gente e que ia pra longe.
-Tomara que seja verdade, eu não aguento mais isso.
-Amor, tenho que fazer show agora. Depois eu te ligo, tá?
-Tá bem, te amo.
-Também te amo.

ANA OFF/LÍVIA ON
E... O grande dia tinha chegado! Dei toda a certeza de que não queria festa de quinze ou dezesseis anos, mas acabei ficando com vontade depois. Agora eu me via às oito da manhã, pronta pra encarar um dia com a Bruna e a Roberta nos salões de beleza da vida. (risos) Ao sair do quarto, ainda estranhei passar pelo corredor e ver um monitor com a imagem lá de fora. Eu achei exagero até descobrir que a Bianca havia fugido da cadeia e invadido o quarto dela. Depois do que ela fez com o Pedro, morria de medo de que ela quisesse fazer algo comigo também, por causa do meu ataque de fúria. Nunca pensei que ela fosse capaz de matar alguém, pra mim, ela era só mais uma interesseira como tantas existiam por aí. Espantei isso da minha cabeça, era meu aniversário e eu queria aproveitar. Bernardo garantiu que viria, então eu estava ansiosa pra ve-lo. A única parte chata era que o Luan não poderia ir, por causa de um show naquela noite. A Bruna não demorou a chegar, então nos despedimos da Ana (que usou a velha desculpa da dor de cabeça pra não ir) e fomos pro salão onde a Roberta nos esperava.
-Alguma coisa especial? –o cabelereiro me perguntou.
-Eu quero ficar loira.
-Como assim? –a Roberta me perguntou.
-Mas loira, loira mesmo? –Bruna disse.
-Mesmo, mesmo. Cê acha que fica legal? –perguntei ao cabelereiro que disse:
-Sei o tom perfeito pra você.

AMORS, POR FAVOR, ME RESPONDAM SE VOCÊS QUEREM SABER MAIS SOBRE A LÍVIA E O BERNARDO. NÃO VAI INTERFERIR NO RUMO DA HISTÓRIA, MAS OS CAPÍTULOS VAO FICAR MAIORES. ME RESPONDAM, POR FAVOR. =D BEIJINHOS DA DAN. ;D