Setenta e Um

AMORES, OS PRÓXIMOS TRÊS CAPÍTULOS VÃO SER DEDICADOS SÓ PRA LÍVIA. AFINAL, ELA MERECE UM FINAL FELIZ NÉ? ENTÃO BORA FAZER O COMEÇO DO FINAL FELIZ. Õ/ HEHEHE


Lívia on
A Ana jogou tudo fora. Não entendi o motivo  dela querer instalar câmeras em casa, A Bianca estava presa e até onde eu sabia, o Marcelo era uma pessoa boa.
-Você acha que ele pode querer fazer alguma coisa com você?
-Não. Mas é melhor prevenir. E agora com... –ela parou e me olhou.
-Com..?
-Que pessoa em sã consciência deixa uma caixa na porta de uma casa e sai correndo?
-Ele pode ter mandado outra pessoa trazer. –ela pareceu pensar um pouco.
-Se ele ao menos confirmasse se estava no Brasil ou não...
-Você não tem o número de nenhum parente dele?
-Eles trocaram. Eu ligava todos os dias, e quando as desculpas acabaram eles trocaram.
-O Maurício deve ter.
-Nunca pedi, e não vai ser agora que vou pedir né?
-Porque você tá tão nervosa com isso?
-Por causa da carta, ele tava... Tava estranho.
-Você nunca me contou o que tinha lá.
-Lívia, come logo que é um pouco longe e você sabe que o pai não gosta que ninguém coma no carro dele.
-Tá bom. –Não parei de pensar. Eu não perguntei o que ele tinha escrito e ela nunca pareceu se interessar em contar. Achei que fosse algo dizendo “ainda podemos ser bons amigos” ou “não quero te ver nunca mais na minha vida”. Mas tinha alguma coisa diferente, que deixou a Ana mais alerta a tudo. Depois de comer, nos arrumamos e fomos pra casa de nossos pais. De lá, íamos com eles até a fazenda do irmão mais velho da mamãe. O porta-malas estava cheio de presentes. O lado ruim da Ester não ter ido era que todo mundo ficou sentindo que faltava alguma coisa. O lado bom era que tinha mais espaço no banco de trás e eu podia ir até deitada.
Chegamos lá quase que no fim da tarde e já estavam todos na casa. Tinham mais bebês do que na outra vez que fomos. Todos eram super simpáticos, por isso eu amava quando todo mundo se reunia assim. As duas únicas coisas que não eram legais era todo mundo falando o quanto eu havia crescido e ela, Luma. Não fez questão de falar com a gente e estava com o nariz mais empinado d o que nunca.
-E as suas novidades priminha? –affe, a falsidade e a arrogância dela me irritavam.
-Ah, não tenho priminha, pelo menos nada que interesse você, né?
-E aquele teu amor todo por aquela modinha? Passou? Cara, você era muito idiota priminha, o cara nem sabia que você existia.
-Bom, o que você chama de modinha, bate recordes por onde passa e tá cada vez mais famoso no Brasil e no mundo. CHUUUUPA RECALQUE! –falei alto e todo mundo olhou pra gente. Saí rindo.

Setenta



Quando eu era criança, o Natal era a minha data preferida do ano. Mas depois isso mudou. O Natal era pra ser uma festa de reflexão e comemoração, não uma disputa de quem dá o presente mais caro.
Naquele ano, a reunião familiar seria na fazenda do meu tio materno mais velho. Pensa numa família grande. Agora triplica. Bem, a minha família era mais ou menos assim.  Eu tinha primos de segundo, terceiro, quarto grau (daí eu já não sabia se era mais primo), que iam estar lá.
Era manha da véspera de Natal. Eu havia dormido maravilhosamente bem e estava psicologicamente pronta pra discursos de meia hora e de muita gente falando de tudo o que havia acontecido desde o último Natal que a família da minha mãe passou quase toda junta. O meu pai era praticamente sozinho, por isso não se importava muito de onde ia passar essa data, desde que todas as filhas estivessem presentes. Mas a Ester não iria com a gente, o que fez ele ficar um pouco chateado.
Desci às sete. Fiz minhas higienes, me troquei e fui até a padaria. No caminha de volta, passei em uma banca de revistas. Sempre tive a mania de parar pra comprar as minhas preferidas. Meu olho bateu em uma de fofocas, que tinha escrito “O drama de Luan Santana – Saiba os verdadeiros motivos dos shows cancelados e do sumiço do cantor.” Peguei ela e mais umas três.
Quando cheguei em casa, fui pra cozinha e abri em cima da mesa. Li uma página inteira em um recorde de tempo. Resumindo o que estava lá era algo parecido com: cantor e noiva forma perseguidos por antigo affair de Luan. Os vários shows foram cancelados por recomendação da polícia. Durante esse tempo, um amigo da noiva do cantor foi baleado e morreu durante uma troca de tiros entre a perseguidora e a polícia.
Me sentei numa cadeira com as mãos no rosto. Lívia desceu.
-Oi.
-Oi. –respondi sem olha-la.
-O que aconteceu? –dei a revista pra ela.
-Hm. Eu acordei morrendo de fome. –ela mudou o assunto- Tá pronta pra nossas lindas, amorosas e carinhosas primas?
-Tem que estar né?
-Sabe a Luma?
-Não.
-Uma loira de nariz empinado que ria da minha cara porque eu era fã do Luan.
-Ah, acho que sim.
-Quero ver a cara dela agora. Vou dar uns duzentos beijos naquela cara linda. –rimos.
Tocaram o interfone e quando eu atendi, não disseram nada. Fui até a porta. Não tinha ninguém lá. Me deu medo de que fosse ela. Percebi uma caixa no pé da porta. Olhei ao redor e não tinha ninguém. Olhei para a caixa por alguns instantes e peguei. Estava embrulhado em papel de presente vermelho. Entrei em casa.
-O que é isso?
-Não sei. Alguém deixou na porta.
-Eu acho que eu... Vou instalar uma câmera, não me sinto tão segura, sabe?
-Abre.
Quando abri, rinha um cartão de Natal em cima de uma caixa de chocolates.
-Não vou nem pensar em comer isso. –peguei um cartão. Um simples “Feliz Natal”- Ah meu Deus!
-O que foi?
-Como ele descobriu meu endereço.

Sessenta e Nove

Luan me sentou na cama.
-Ana, me fala. O que foi isso?
Não sabia o que dizer, só sabia chorar. Rober chamou na porta e Luan foi abrir. Ele trouxe algumas coisas pra curativo, analgésicos e pomada pra dor. Tomei um analgésico e fui até perto da janela. Fiquei de costas, mas ouvi Luan perguntar pra ele:
-O que aconteceu?
-Tinha alguns fãs lá embaixo. Chamaram ela, ela desceu e... aconteceu isso.
Depois de alguns segundos em silencio, a porta se abriu e fechou de novo.  Luan me abraçou por trás. Eu me virei e enterrei meu rosto nele.
-Não gostam de mim! Isso é tão importante, eu...
-Amor, foi só uma. Me diz, alguém mais tentou te machucar? –fiz que não com a cabeça- Eu vejo vocês no Twitter, tão se dando bem. Então não fica assim.
-Eu sei, mas é que... Eu gosto deles, de seus fãs. Acho que é porque eu sei o que eles sentem, eu sinto isso.
-Olha, todo mundo sabe que se te machucar, vai me machucar também. Então eu duvido que essa pessoa realmente seja fã. Vem aqui, eu vou cuidar de você.

As duas semanas se passaram. Eu escondia com maquiagem uma manchinha roxa que tinha ficado em meu rosto e as marcas de unha, mas logo tudo sumiu.  Durante esses dias, fiquei sem entrar no Twitter, e graças a Deus nada disso foi parar na Internet. O assunto não foi comentado por mim, pelo Luan nem por ninguém da família ou da equipe dele.
Era um sábado. Eu estava na casa do Luan conversando com a Bruna e brincando com o Puff.
-Cunha, vamo dar um pulo na piscina?
-Ah, eu não sei Bru...
-Vamo, tá fazendo um calor danado hoje.
-Tá bom. Vou me trocar. –fui me trocar no quarto do Luan, e quando eu estava quase terminando, ele entrou no quarto.
-Vai pra piscina?
-Vou, a Bruna me convenceu.
-Tá precisando, cê tá branquela.
-Olha quem fala! –rimos- Onde cê tava?
-Tava com meu pai.
-Hm. Assunto de homem?
-É. De homem de família.
-Você não tem cara de homem de família.
-Não?
-Não. Tem cara de pegador.
-Eu sou o pegador, sou o namorador, tô sempre na balada, eu nunca ando só. –ele cantou.
-Tá sempre rodeado de piriguete pra todo lado, você que não me engana com essa carinha de safado. –fiz minha versão.
-Mas o meu coração é só pra alguém. Aninha fica louca, Aninha fica looouca... –rimos- Besta.
-Besto. –ele riu.
-Boba.
-Bobo.
-Princesa.
-Princeso. –rimos.

-Vai pensar em mim toda hora?
-Eu nunca vou deixar de pensar em você.
-Não vai olhar pra nenhuma piriguete? –Luan ficou calado- Responde! –disse brava.
-Não. Não vai ficar olhando pra nenhum juiz bonitão?
-Nunca.
-Vai pensar em mim toda hora?
-Todo segundo!
-Então me dá um beijo. –dei- Dá outro que a gente vai ficar um monte de dia sem se ver –ele me beijou- Outro, de feliz Natal. –rimos e demos um último beijo.
-Bem... Tchau?
-Tchau. Te amo.
-Te amo. Luan entrou no carro, deu a partida e foi embora. Mesmo que fosse só por alguns dias, ver ele indo me deu um tipo de aperto no coração.

AMORES, DEIXEM UM COMENTÁRIO OU AO MENOS UMA REAÇÃO PORFA? =3 BEIJINHOS.

Sessenta e Oito


-Oi. –sorri.
-Ana, como você tá? Você é muito linda. –uma fã do Luan me disse.
-Obrigado. Eu tô bem, e você? –respondi.
-Tô bem também, mas vou ficar melhor ainda se você aceitar um presente que eu trouxe pra você.
-Presente?
-Helena, para. –outra fã disse- Ana, cadê o Luan?
-O Lu ainda tá dormindo.
-O Lu... Cara, que intimidade, viu? – a Helena disse. Ela começou a me olhar de um jeito estranho.- É ótimo ele não estar aqui. Sua falsa! Você pode enganar a todo mundo, mas eu não! O que cê fez pro Luan querer casar contigo hein? Rápido desse jeito?
-Eu vou entrar, tá gente? Depois a gente se fala direito. –nem consegui falar com os outros fãs. Quando me virei pra entrar, senti um baque em minhas acostas. Mas o que... Quando eu me virei de volta, a Helena veio pra cima de mim e me jogou no chão com toda a força que tinha. A dor maior foi em minha cabeça, que bati no chão, mas ela estapeou meu rosto e quando conseguiram tirar ela de cima de mim, ela arranhou meu rosto. Alguns seguranças me ajudaram a levantar e me levaram para dentro do hotel Eu estava quase em choque com o que tinha acabado de acontecer
Uma funcionária do hotel (acho que gerente ou algo parecido) falou algo com dois seguranças e depois veio até mim.
-Mil desculpas, o erro foi nosso, não devíamos deixar acontecer aquela aglomeração ali na frente
-Tu-tudo bem. –balbuciei.
-Qualquer coisa... –ela parecia querer amenizar alguma coisa. Mas eu não tinha nem raciocinado direito sobre o que tinha acontecido.
-Tudo bem. –eu disse com mais firmeza. Olhei pra porta e vi que os seguranças tinham colocado os fãs pra longe dali. Vi as carinhas tristes e me doeu mais do que ser jogada na calçada. Sabia a tristeza que sentiam. Eles tinham uma esperança de ao menos ver o Luan ali, e isso não ia acontecer.  Chamei o elevador e vi que o Rober estava lá embaixo do meu lado. No espelho do elevador, pude ver que o arranhão foi pior do que pensava. Meu rosto estava sangrando.
-Como que eu vou subir assim?
-Está doendo em algum lugar?
-Não, eu só... Tô assustada. –o elevador se abriu. Me vi na porta do quarto, pensando. Qual seria a reação do Luan ao ver aquilo? Fiquei na minha torcida pra ele estar dormindo ainda. Abri a porta devagar. Ele estava virado para o outro lado. Fechei a porta devagar. Quando eu estava a caminho do banheiro, ele se mexeu. Entrei e fechei a porta do banheiro rapidamente.

Sessenta e sete



No show, fiquei na área VIP novamente. A mulher do camarim estava lá também e mais olhou pra minha cara do que pro show. Mas isso não me incomodou.

Antes de dormirmos, Luan colocou sua cabeça em meu colo e eu fiz carinho nele. Seria uma cena tão romântica se alguém visse... Ele acabou dormindo antes de mim. Meu celular chamou. Era a Isa. Porque ela me ligaria tão tarde?
-O que aconteceu?
-Eu não sei como te falar...

ANA OFF/LUAN ON

Acordei com a porta do banheiro batendo. Me levantei e tentei abrir, mas estava trancada.
-Ana? –ela não me respondeu- Ana, o que aconteceu?
-Já vou sair. –ela disse. Me sentei na cama. Passaram-se cinco minutos e ela ainda não havia saído do banheiro. Bati novamente.
-Ana abre a porta! –ela abriu devagar- Mas que merda é essa? Quem fez isso com você?

LUAN OFF/ANA ON

O que tinha acontecido? A Isa me contou que a Bianca tinha fugido da delegacia onde estava até ser julgada.  Fiquei sem reação na hora, não consegui dormir mas fiquei quieta na cama, com medo de que o Luan acordasse e me perguntasse o que tinha acontecido. Não queria contar a ele.
Quando amanheceu, ouvi algumas vozes do lado de fora e saí na varanda. Estávamos no terceiro andar. Acho que eles sabiam que aquele era o quarto do Luan, porque estavam olhando pra lá e gritaram quando eu abri a porta. Mas desanimaram quando viram que era só eu. Depois, me chamaram. Eu fiquei feliz. Precisava saber o que achavam de mim, era inevitável querer isso. Fiz sinal pra esperarem, troquei de roupa, ajeitei meu cabelo e melhor e mais rápido que pude e desci.

EITA, O QUE SERÁ QUE ACONTECEU EM? ADOOORO DEIXAR VOCÊS CURIOSAS! KKKKK BOM AMORES, AS VISUALIZAÇÕES DE PÁGINA DIMINUIRAM MAIS DE 80%, O QUE ACONTECEU HEIN? TEM ALGUMA COISA QUE EU FIZ ERRADO OU A WEB TÁ RUIM? =X ME CONTEM.

Sessenta e Seis


Fomos para o local do show, e na hora do Luan receber os fãs no camarim, aconteceu uma coisa que foi no mínimo, desagradável. Logo após de um fã de verdade, entrou no camarim uma pessoa com as intenções estampadas na cara. Era uma morena que estava com um salto que a fazia ficar maior que o Luan, um vestido colado, curto e decotadíssimo e que entrou ali e agiu como senão tivesse ninguém além do Luan. Algum alarme apitou em minha cabeça “não deixa ela chegar muito perto”. Mas o que eu ia fazer?
O olhar dela pra ele me incomodava. Rober, o secretário de Luan, percebeu que eu estava  um pouco inquieta e falou baixo comigo.
-Calma.
-Eu tô calma. Só não esquece de tremer na hora da foto. –ele riu.
-Lu... -ela disse com uma voz melosa e irritante- Você pode realizar um sonho meu?
-Pode falar linda.
O que ela queria? Ficar as sós com ele? Quem sabe ir ao hotel depois do show... “controle-se Ana Maria, isso é lá pensamento de se ter?”
-Autografa minha perna? –voz chata me consumindo mais a cada segundo.
-Onde você quer?
-Aqui. –ela apontou na coxa. Luan olhou pra mim.

ANA OFF/LUAN ON
No olhar da Ana dava pra ver “se você tocar aí eu te mato”.
-Vou autografar aqui mais embaixo, pode ser?
-Tá, pode ser. –a Ana não tirava os olhos de mim. Mas o que eu ia fazer, colocar a moça pra fora?
Autografei a batata da perna dela. Achei melhor do que na coxa, onde ela queria.
-Pronto.
-Hora da foto. –o Testa disse e riu.

Depois que ela foi embora eu fui falar com a Ana.
-Aninha, tudo bem?
-Tudo. Por quê?
-Você ficou com ciúme?
-Lógico que não. –como assim não? E aquela cara que ela fazia?-  Uma piriguete siliconada com o vestido no umbigo pediu pra você autografar a perna marombada dela e eu não estou com nem um pingo de ciúmes. –eu ri- Porquê você tá rindo? E não me fala que era fã, porque eu tava vendo nos olhos dela que não era.
-Não troco minha moleca séria e íntegra por nenhuma piriguete do mundo.
-Moleca?
-Moleca. Ou você acha que  passar as tardes de folga jogando vídeo game com sua irmã mais nova te faz ficar totalmente séria? –ela riu.
-Por nenhuma?
-Nenhuma. –sorrimos- O que você tava falando com o Testa?
-Nada demais.  Vou ver se tem mais piriguete por aí. –ela saiu do camarim.

AMOOOOOOOOOOOORES, HOJE ANIVERSÁRIO DO LU E NÓS NÃO PODÍAMOS FICAR DE FORA NÉ? OLHA O VÍDEO QUE NÓS DA SAGA SINAIS FIZEMOS! SÓ NÃO SE ASSUSTE COMIGO OK? OK. KKKK

AH SIIIIM, EU FAÇO PARTE DA UNIÃO BAIANA E HOJE QUASE MORRI QUANDO O LUAN POSTOU A FOTO DO OUTDOOR QUE FIZEMOS EM SEU INSTAGRAM. :3 SE VOCÊS NÃO VIRAM, OLHA SÓ:


É ISSO VIDAS, ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO! BEIJINHOS DA DAN ;)

Sessenta e Cinco


Luan quis que eu ficasse no camarim enquanto ele recebia alguns fãs. Tinha gente que nem era tão fã, mas Luan tratava todos da mesma forma carinhosa. Depois, o Luan foi se preparar para o show. Ficamos só eu e ele no camarim. Tirei uma foto e postei no Instagram com a legenda: “Bora pro show do nosso nego, neguinhas?! Hahahah”
Luan foi pro palco  e eu desci pra área vip, junto com alguns fãs. Não quis ficar do palco porque achei que não daria pra ver tudo e também, queria ficar perto do calor, dos fãs do Luan... Aquilo me deixava feliz.
-Cê não tem medo? –uma fã me perguntou.
-De que?
-De alguém querer fazer alguma coisa com você, sei lá, tem gente meio louca aqui.
-Confio em vocês. –respondi.
O show começou, e eu parecia mais uma fã ali no meio. Na verdade, acho que sempre teve uma Luanete escondida em mim. (risos) Algumas pessoas tiravam fotos ou gravavam, mas eu não me incomodava. Quando alguém chamava, eu me virava e fazia uma pose feliz. Me diverti muito naquele show.

No outro dia, já era de tarde e já estávamos em outra cidade quando o Luan entrou no Twitter só pra espionar.
-Mas o que...
-O que foi?
-Foi você, não foi?
-Eu o que?
-Olha os avatares do fcs!
Quando olhei, todos estavam com uma foto do Luan sem camisa. Eu conhecia aquela foto de algum lugar...
-Nossa! –eu ri-  Luan, foi sem querer, sério. Eu tirei uma foto minha ontem no espelho do camarim e postei. Não vi que você tava atrás!
-Apaga essa foto aí.
-Mas todo mundo já salvou, não vai mais adiantar.
-Mas apaga. Eu tô gordo.
-Cê tá o que?
-Gordo.
-Repete.
-Não.
-Besta. Cê não tá gordo nem aqui nem na China.
Entrei na minha conta no Instagram e vi a foto. Era pra ser minha, mas ele tomou conta.  Luan tomou o celular da minha mãe e deletou a foto.
-Chato.
-Chata.
Entrei no Twitter e fiquei respondendo algumas menções. Teve uma que me fez rir.
“Se a gente subir uma tag, vc posta uma foto do Lu de cueca pra gente @anamarias_ ?”
Respondi “@userdofc  kkkkk Olha, de cueca...? Tá, vou pensar. Kkkk”

Sessenta e Quatro


-Obrigado doutora Ana. Se não fosse você, isso se estenderia por meses! –tudo bem, era ótimo pra ele que aquilo se resolvesse logo, mas pra mim era importante também.
-Sempre é tempo de uma reconciliação.
-Então... Acerto tudo no escritório, não é?
-Sim, tenho que ir. Nos vemos depois.
-Até depois.
Assim que saímos do elevador, eu liguei meu celular. Quando cheguei ao meu carro, recebi uma mensagem do Luan.
“Tô quase chegando.”
“Onde? oO”
“Aí. Não ia dar tempo de você vir pra cá, e eu sou um cavalheiro u.u”
“Owwwwn. Princeso. Kkk”
“Tô indo pra sua casa e depois a gente vai pro aero. Td bem?”
“Tudo ok.”
Assumo que fiquei com um pouco de raiva de mim, afinal o combinado era eu ir até Londrina, não ele vir me buscar. Mas tudo bem, teríamos duas semanas juntos. Fui pra casa e troquei de roupa.  Minhas coisas estavam prontas desde a noite passada. Depois de algum tempo, o Luan chegou.
-Oi minha lindona.
-Oi meu amor. Parabéns pelos seis meses de novo.
-Parabéns pelos seis anos. –rimos e Luan me rodou até seu braço direito, me inclinou e me beijou, como no cinema.- Tá pronta?
-Tô. Vamos? –a Lívia entrou em casa com a amiga Roberta.
-Eu não entendo isso, aquela professora parece que fala... LUAN? –a Roberta pareceu que tinha levado um susto. Lívia veio nos abraçar.
-Oi Lu. Oi mana. Vocês não deviam estar em Londrina?
-Eu não consegui ir. Oi Roberta, você tá bem?
-Tô. Lívia, vamos fazer o trabalho logo? Aí depois a gente pode ir no cinema.
-Tá, vamos pro meu quarto. Vocês já vão?
-Já. -o Luan respondeu.
-Então que quero outro abraço. –ela nos abraçou.- Tchau.
-Tchau Li, e se cuidem vocês duas. Vamos Lu?
-Vamos. –elas subiram e nós saímos.

Chegamos na cidade do show e tinha alguns fãs no aeroporto, que Luan atendeu. Depois, fomos pro hotel. Luan me ensinou a usar o Twitter e logo eu tinha um monte de seguidores. Me assustei com o tanto de menções que chegavam. Algumas pessoas desejavam felicidades pra nós e outras mostravam do seu jeito que não estavam nem um pouco felizes com o fato de Luan estar noivo.  Depois de alguns minutos no hotel, logo tinha gente na frente.
-Amor, você quer ir comigo?
-Eu não sei... E se elas... Se seus fãs não gostarem de mim?
-Ei, você me faz feliz. Elas também me fazem muito feliz e eu quero que vocês se deem bem. Tá bom?
-Tá, vou descer. Mas vou ficar um pouco longe, essa é a hora deles. –Luan sorriu e me pegou pela mão.
Descemos. Assim como no aeroporto, eu fiquei só olhando de longe, vendo a emoção no rostinho de cada um. Lembrei de quando fui até a Cidade do México, onde o RBD, banda da qual sou fã até hoje, gravou seu primeiro DVD. Meus pais me deixaram ir com a Isa e a mãe dela. Ainda levamos o Pedro a tiracolo.
Eu estava em um país que eu não conhecia, eu não falava espanhol além do que aprendia nas canções e mesmo assim tentei ao menos chegar perto de um deles. Nunca consegui, mas tenho muita saudade daquela época.

Quando subimos, fiquei conversando com a Lívia por SMS.
“E meu aniversário? Já sabe do que vai se fantasiar?”
“Já, mas você só vai saber no dia. ;) kkkk”
“Obrigado querida irmã, você é muito gentil, sabia?”
“Muahuahua u.u”
“Sério, me conta.”
“Não.”
O aniversário da Ana era perto do Natal. Com 15 anos, ela escolheu viajar pra conhecer a Disney, com 16 ela quis ir a um show do Luan e agora ela teria uma digna festa de 17 anos. Seria uma festa a fantasia, e se fosse do jeito que estávamos planejando, seria perfeita. Uma digna festa de debutante atrasada.

OI MOMOZIS, COMO VOCÊS ESTÃO? OLHA, LOGO LOGO A SAGA SINAIS VAI TER MAIS UMA LIIINDA HISTÓRIA PRA VOCÊS TUDO BEM? NOVAS AQUISIÇÕES FORAM FEITAS. HAHAHAHA BOM, É ISSO. BEIJINHOS DA DAN. ;)

Sessenta e Três



-Ana? –Roberto me chamou.
-Sim.
-Em que planeta você estava? (Roberto)
-Aqui. Só que com o pensamento longe. –eu não estava na Terra. Provavelmente eu estava em um planeta chamado “minha vida virou de pernas pro ar”- Do que a gente tava falando? (Eu)
-Eu e a Isa pelo menos, estávamos falando sobre o aniversário da Party Club. (Roberto)
-Não é cedo demais? (Eu)
-Olha quem fala de tempo. (Isa)
-Eu sei, não sou muito de ligar pra isso. Mas é pelo que acabou de acontecer com o Pedro... (Eu)
-Sei que ele ia querer isso. –a irmã do Pedro, Kátia, chegou e se sentou na nossa mesa. Ela tinha passado sua vida depois que se formou em medicina viajando pelo mundo. Voltou pra casa depois do que aconteceu.- Ok, eu sei que não entendo muito de festas, mas meus pais entendem muito menos e era eles ou eu.
-Tá, você tá bom. (Eu)
-Tá ótimo, pirralha. –ela costumava chamar eu e o Pedro de pirralhos dede que começamos a andar juntos, mas acabou se tornando legal- Eu voto pela festa. Sei que meu irmão estaria planejando e vibrando aqui com vocês. (Kátia)
-Não tem motivo de comemoração. (Eu)
-Opa, tem sim! Você tá viva, não é? Ele morreu no seu lugar. A gente tem que comemorar, meu irmão morreu pra salvar a pirralha que ele sempre gostou e que nunca deu bola pra ele. (Kátia)
-Kátia, não faz isso. (Isa)
-Isso o que? Você teve culpa também? (Kátia)
-Todos tivemos culpa. E você não pode nos julgar. Enquanto seu irmão morria você estava enfiada em algum lugar do mundo. (Roberto)
-EU ESTAVA TENTANDO SALVAR AS VIDAS QUE VOCÊ CORROMPE COM SUA MANIA DE GRANDEZA E O VÍCIO QUE VOCÊ FABRICA TODOS OS DIAS! –todos do lugar olharam para nós- Eu nunca ia imaginar que meu irmão ia levar um tiro. Vai ter essa festa de aniversário. Essa droga dessa boate era um dos sonhos dele. E se depender de mim, ela vai ficar igualzinha. –ela saiu do restaurante.
-Aninha, a culpa não é tua. (Isa)
Apenas balancei a cabeça confirmando.
Mais uma peça do quebra cabeças de minha mente desmontada. Um quase esgotamento emocional prestes a vir. Bastava mais uma peça sumir e “boom!”, tudo iria para o espaço.

À meia noite eu recebi um sms do Luan.
“Obrigado por me aturar por esses seis meses que mais pareceram seis anos. XD Te amo. Ops, vivo. Ah, vivamo. Kkkk”
Liguei pra ele.
-Oi. Feliz aniversário de seis meses.
-Feliz aniversário amor. E aí, tudo certo pra você vir amanhã?
-Luan, eu... vou me atrasar um pouco. –um pouco era apelido.
-Um pouco quanto?
-Eu não sei, é que não depende de mim.
-Só queria que você ficasse um pouco aqui em casa.
-Na volta eu fico, te prometo.

NOVA PERSONAGEM AMORS... E AÍ, SERÁ QUE ELA VAI SER UM PROBLEMA OU VAI SER TRANQUILO HEIN? BORA ACOMPANHAR...
ME DESCULPEM PELA AUSÊNCIA NA FAN PAGE E NESSES PEQUENOS DIÁLOGOS COM VOCÊS ENTRE OS CAPÍTULOS TÁ? BEIJINHOS DA DAN. ;)