Catorze



“Bom dia coisa linda! ;)” Era o Luan no WhatsApp assim que cheguei ao escritório. Era uma linda manhã de quarta-feira em Curitiba, no meu playlist tocava “Where we gonna go from here – Mat Kearney” e eu tinha colocado esta roupa:
 
“Bom dia coiso lindo ;)”
“XD Dormiu bem?”
“Sim sim. E vc?”
“Não muito :/”
“Pq? :/”
“Pq seria melhor se eu tivesse dormido juntinho de vc. =( bubu”
“Luan Luan...”
“Que foi?”
“Por acaso vc quer q eu saia correndo daqui pra ficar aí colada em ti?”
“Ó que eu quero. =P”
“Se eu não tivesse que trabalhar já estaria aí. =(“
“Eu gosto muito de você, sabia Aninha?”
“Eu tbm. Mais do que vc imagina...”
“Sério?”
“Sério.”
“Agora quem tá cm vontade de sair correndo atrás de vc sou eu.”
“:3 Quero te moide.”
“Pode moide, eu deixo. Se puder te moide tbm. :3”
Ficamos assim, nos falando por mensagens e ligações por vários dias. Até que eu comecei a sentir muita falta do Luan, a sonhar com ele quase sempre, a ficar triste quando ele me dava tchau... Pouco a pouco fui me tornando dependente de falar com ele, nem que fosse só um “Bom dia” ou “Boa noite”, e sentir falta dele começou a me afetar.
A Ester e o Maurício voltaram da lua-de-mel super felizes. A cara de preocupação da minha irmã tinha sumido, sinal de que deu tudo certo na conversa que eles deviam ter. Ela me contou detalhes dos passeios, das declarações que ele fez pra ela...
-E você falou com ele sobre... Aquilo?
-Falei. Ele disse que a gente pode tentar por um tempo e se não der certo podemos adotar. Vão ser nossos filhos do mesmo jeito.
-Filhos?
-É. Ele diz que quer adotar três. Eu tentei diminuir um pouco, pra dois quem sabe, mas ele insiste. –rimos- o Maurício é tão... Atencioso, compreensivo. Eu fiz a escolha certa.
-Que bom ver que deu tudo certo.
-Mas eu senti sua falta lá. Os lugares que a gente planejou conhecer ainda estão lá. Aquilo vai ser pra nós duas.
-Você devia ter ido com o Maurício.
-Sem você e o Marce... Sem você não tem graça. Desculpa falar dele.
-Não, tudo bem. Eu acho que tô mais ou menos superando isso.
-É alguém? Me conta!
-Sei lá... É que é... segredo por enquanto.
-Ele não quer que fale? Não tens mais idade pra namorar escondido.
-Não é ele, sou eu. E não é um namoro, eu só acho que... tô gostando dele.
-E ele?
-Não sei... É que a gente fica longe sempre, de qualquer forma não teria chance de dar certo.
-Não desanima. Se for pra ser, vai ser. Só o fato de você estar pensando nele e não no Marcelo já é grande coisa.
-Você e o Mauricio vão na Party Club hoje?
-Não sei, eu tô meio cansada, ele também deve estar. Vou ver.
-Tá. Agora vou voar pro escritório que aquilo tá fervendo hoje. Ester Maria de Souza Menezes.
-Com orgulho. Vaza daqui logo. –ela riu.
Depois do trabalho fui pra casa, me arrumei assim:
 

O show do dia era uma banda de pop rock conhecida na cidade.
Naquela noite eu e a Isa decidimos assistir ao show do camarote comum.
-Eu disse que a qualquer hora podia sair correndo atrás de você. –ouvi a voz do Luan atrás de mim e me virei para abraça-lo.
-Tava morrendo de saudade!
-Eu também.
Ele ficou do meu lado durante o show inteiro, mas nem sequer me deu um abraço mais “afetuoso”.
-Quero matar a saudade. De verdade.
-Na minha casa ou na sua? –ele cantou e nós rimos.
-Pra mim tanto faz... –completei, rindo mais ainda- Já que a sua tá muito longe, a gente podia ir pra minha. –pisquei pra ele.
Fomo até minha casa quase em silêncio, como se tivesse algo estranho acontecendo... Era somente vontade de que aquela noite não acabasse.
-Essa casa é a sua cara.
-Linda né? –eu ri.
-Igual a você.
Ele agarrou minha cintura e me beijou. Primeiro de um jeito ardente, como se bebesse de mim, me fazendo cair em seus braços. Quando estávamos quase sem fôlego, diminuiu o ritmo.
-Tava com saudade de você, se eu pudesse teria vindo antes. Agora você vai ter que deixar.
-Deixar o que?
-Eu te morder.
-Tá. –eu ri.- Mas devagarzinho.
-Me deixa escolher o lugar... –ele me girou e me pegou no colo- Mas primeiro você vaia ter que me mostrar o caminho do seu quarto.
-Luan! –eu ri- Tem uma escada enorme primeiro.
-Eu sou forte!
-Jura? –ri.
-Duvida?
-Não. Primeira porta à direita.
Ele me levou até lá e me deitou na cama. Olhou nos meus olhos e sorriu. Depois, me beijou. Devagar, com calma, de um jeito doce, como se nós dois tivéssemos todo o tempo do mundo.
-Eu te amo. –ele me disse ao pé do meu ouvido antes de morder minha orelha.


AMOOOOOORES FELIZ NATAL. \O/ QUE A PAZ DE JESUS ESTEJA NO CORAÇÃO DE CADA UM DE VOCÊS. BEIJINHOS DA DAN. :)

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