-Ana, você
tem que se arrumar e vir praqui agora.
-Não Isa é
sério. Não tô afim de piscina hoje não.
-Acontece
que meu cliente tá vindo aí e você tem que vir aqui!
-Tá, eu
vou.
-Mas vem
de biquíni, depois a gente vai na piscina.
Coloquei
meu biquíni e fui pra casa da Isa. Fosse o que fosse, se ela me chamasse com
urgência, eu iria.
Estava
chegando perto da casa dela quando me olhei no espelho para conferir meu batom.
Sem perceber, diminuí um pouco a velocidade e um carro que vinha atrás de mim
bateu em minha traseira.
-Oh,
droga! –saí pra ver - Merda, a minha lanterna!
Fui até o
carro de trás e vi que o farol estava quebrado. O motorista manteve os vidros
fechados. Bati na janela e ele a abriu.
-Ei, você
nunca ouviu falar de distância segura entre... –ele olhou pra mim atentamente-
entre os... carros? –pisquei rapidamente tentando consertar tudo o que havia
acontecido na minha cabeça.
-Me
desculpe. –ele saiu do carro pra ver o estrago.- Acho que meu seguro cobre.
Ele me deu
seu cartão. Enquanto ele mantinha a calma, eu ficava cada vez mais enfurecida.
Havia ganhado aquele carro assim que fiz 18 anos e até então ele não havia
sofrido um arranhão (um milagre, por assim dizer). Roberto Phiscolli, eu conhecia
aquele nome de algum lugar.
-É...
Ainda bem que não foi nada muito sério né? –ele riu, nervoso.
-Não foi
nada sério? Meu farol tá destruído. Tens ideia do quanto é difícil achar uma
peça original pra esse carro?
-Vem cá
moço, eu não tenho culpa se você não se lembra do que aprendeu na autoescola!
-De
lembrar eu lembro, eu acho que se esqueceram de te falar que não pode passar
maquiagem enquanto dirige.
Fui até
meu carro e peguei meu cartão.
-Eu pago o
farol do seu carro com peças raras.
Ele leu o
meu cartão e riu em seguida.
-Doutora
Ana Maria de Souza?
-Sim. Por
quê?
-Nada.
Mais tarde eu te ligo. Estou atrasado para um compromisso e creio que você
também.
-É... eu
estou.
-Nos vemos
em breve. Por... por causa da... sua lanterna e do meu farol.
-Sim. Eu
te ligo assim que... que acabar de fazer o que eu tenho de fazer. –ele riu.
Porque estava rindo?
-Sim, eu
sei.
Entrei no
carro, virei uma rua e já estava na casa da Isa.
-Que cara
é essa amiga? Que bicho te mordeu?
-Um veado.
-No meio
da cidade? –ela começou a rir.
-Você sabe
do que eu tô falando, um imbecil quebrou minha lanterna. Para de rir Isabella!
-Eu não
consigo Ana. –risos- esse trocadilho foi ridículo!
-Tá, você
tá rindo porque não foi com o seu lindo carro. Bem, cadê ele?
-Acabou de
ligar. Disse que ocorreu um imprevisto, ele vai se atrasar um pouco, mas vai
vir.
-Hum. E cadê
seus amigos?
-Que
amigos?
-Do
trabalho. Que estavam aqui.
-Não, não
vem ninguém. Falei só pra você vir.
-Ah tá,
muito bonito isso.
Me sentei
no sofá.
-Vamos no
show do Luan comigo?
-Eu já
vou, vou levar minha irmã e umas amigas dela.
-Sério? E
nem me falou nada.
Dei de
ombros.
-O que
você acha dele?
-Não sou
como a Lívia, mas gosto dele.
-Como
assim “como a Lívia”?
-Ela é fã
dele. Incondicional.
-Eu não tô
falando nesse sentido.
-Tá
falando em qual então?
-O que
você acha dele pro nosso show.
-Cê é
louca né? Onde que a gente vai conseguir contratar o show do Luan Santana?
-Dinheiro
não é problema com meu cliente perto de mim. Acho que ele chegou;
Fui até o
espelho. Um milionário. A Isa disse que cuidou do divórcio dele, devia ter de
30 anos pra cima.
-Roberto,
entra. Eu estava a sua espera.
-Me
desculpa pelo atraso, Isabella.
Merda, eu
conhecia aquela voz. Seria muita coincidência que... Virei-me e dei de cara com
o imbecil que tinha batido no meu carro mais cedo.
-Essa é a
Ana Maria, minha amiga e sócia. Ana, esse é o Roberto Phiscolli, nosso futuro
sócio.
-Acho que
já nos conhecemos. Não é?
-Érrr... É
sim, acho que sim, mas não nos apresentamos direito.
Putz, ele
era jovem demais pra ter se divorciado, aparentava ter uns 20 ou 23 anos.
Caramba, ele devia me odiar.
-Isa, acho
que eu fiz algo de errado na cozinha, pode vir comigo?
Ela me olhou.
“Ir na cozinha” era nosso “código secreto” pra falarmos a sós.
-Tá...
Roberto, um segundo.
Ela veio
atrás de mim.
-Ele é o
idiota.
-Quê?
-Que bateu
no meu carro quando eu estava vindo pra cá.
-Vocês
discutiram?
-Errr...
Acho que sim.
-ANA!
-Não tinha
como eu adivinhar!
-Tá, vou
voltar pra sala. Você e nossa chance de um show do Luan Santana brigaram no
meio da rua, não acredito nisso!
Bebi um
pouco de água e voltei pra sala. E se ele estivesse chateado comigo?
-Fiz um
pequeno contrato, quero que vocês vejam.
Contrato?
Taí uma coisa em que nenhum de nós três pensamos. Nossas palavras já valiam
bastante. Com o tempo iríamos dar um jeito de dividir os lucros que viessem.
Mas ele era um estranho, então um contrato seria algo inteligente a se fazer.
-O Pedro
deveria estar aqui.
-Concordo.
Queria conhece-lo antes de assinar qualquer coisa ou que a gente acabe por se
bater por aí como aconteceu entre Ana e eu.
Ele riu
discretamente. Ainda não havia encontrado a graça em estar com a lanterna
quebrada.
-Marcaremos
um dia.
OI OI AMOZIS. NÃO TEVE COMENTÁRIOS, MAS TIPO, OLHA AS VIZUALIZAÇÕES. O.O IN LOVE POR VOCÊS. HAHAHA BOM, FIQUEI MEIO ATRAPALHADA PRA POSTAR ESSE CAPÍTULO PQ TÁ REFORMANDO AQUI EM CASA E SABE COMO É NÉ... BAGUNÇA DEMAIS. MAS, TÁ AÍ. O SHOW TÁ CHEGANDO GENTE \O/ O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER, HEIN, HEIN? HAHAHA SÓ LENDO PRA DESCOBRIR. :) BEIJINHOS DA DAN, ATÉ AMANHÃ. :)[CÊIS ACHAM QUE OS CAPÍTULOS TÃO MUITO GRANDES OU NESSE TAMANHO TÁ BOM? =X É QUE EU ME EMPOLGO MUITO ESCREVENDO. RS]
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