Cinco



As meninas foram para o banho enquanto eu arrumava a mesa. Durante o nosso “almoço” (ignorando o fato de que já eram quatro da tarde), percebi uma semelhança entre elas;
-Todas vocês usam esse anel?
-É. É a nossa aliança.
-Aliança? Isso é bem forte;
-Forte como?
-Uma aliança é como se... Vocês fossem dele e ele fosse de vocês.
-E o que você acha disso?
-É lindo. Profundo...
Lavei a louça e as meninas fizeram questão de me ajudar a guardar.
-Eu vou deitar u pouco, esse dia foi meio cansativo e eu quero estar tinindo pro show. Podem fazer o quiser, tevê, computador, videogame...
-Peraí, você tem um videogame?
-Ela é tipo, viciada nisso. –a Lívia disse, rindo.
-Tenho. É bom pra esquecer um pouco do dia sabe? Desligar um pouco. Lívia, me acorda às sete, senão eu não acordo, tá? E se vocês forem sair me avisem.
-Tá.
A cama estava chamando por meu nome e eu simplesmente me joguei nela. Bendita hora em que escolhi uma king size mesmo morando sozinha.

-Ana Maria, acorda.
-Ãh? O que que você tá fazendo aqui?
-Não tinha mais nada pra fazer e eu resolvi vir. Levanta, já são 7:15.
-Aham.
-Sério. Você tem três adolescentes com fome lá fora e sua melhor amiga tá aqui, na mesma situação. Anda Ana!
-Sério? Então você faz alguma coisa enquanto eu tomo o meu delicioso banho.
Levantei em um segundo e no outro já estava no banheiro. Fechei a porta.
-Você me paga, Ana! Sabes que eu não sei nem ferver uma água!
-Se vira. Tem três adolescentes com fome lá fora e sua amiga tá aqui, na mesma situação. –eu ri.
Ela reclamou algo lá fora e bateu a porta do quarto. Me joguei embaixo do chuveiro e tomei um delicioso banho quente. Eu amava a sensação do contraste da temperatura da água, muito maior do que o da minha pele. Coloquei um vestido branco simples e desci.
-Oi oi.
-Oi Ana.
-Oi.
-Com fome?
-Muita. –a Lívia falou.
-Até que não, tô mais é nervosa. –a Marina disse.
-Não, obrigado. –a Larissa falou com uma carinha triste.
Fui pra cozinha, onde a Isa estava fazendo alguns sanduíches e suco.
-Acertou em cheio. A gente não pode comer nem demais nem de menos. Ótima escolha miguxa.
Ela me olhou, como se estivesse com raiva.
-É a única coisa que eu sei fazer;
-Tá né...
Me sentei numa cadeira próxima ao balcão.
-O que você acha do Roberto?
-Como assim? –fui pega de surpresa por aquela pergunta.
-Você... Sei lá... Teria alguma coisa com ele?
-Sim e não.
-Porque não?
-Primeiro: estou sozinha a um bom tempo e tenho meus motivos pra não querer mudar isso. Segundo: ele acabou de sair de um divórcio, se quiser alguém, é só por um tempo. Terceiro: seus olhos brilham quando você fala nele.
-Não! Por favor, né Ana.
-Por favor o que?
-Ele é meu cliente, eu cuidei de seus interesses em um divorcio longo, que durou mais tempo que o casamento em si.
-Mas, porquê ele se separou depois de dois meses?
-O filho não é dele.
-Wow! Mas, ele é o que mesmo? Ele é tão jovem e já é milionário...
-Só o herdeiro da maior cervejaria da América Latina,
-Só? –rimos.
As meninas entraram na cozinha.
-Gente, vamos comer e depois nos arrumar.
Eu coloquei essa roupa:
Deixei meu cabelo solto.
Fui até o quarto da Lívia, onde as meninas estavam e encontrei a Larissa já pronta, encostada na cama, chorando, com a cabeça entre as pernas.
-Ei gata, o que foi?

AMORES, FOI MINHA IRMÃ QUEM POSTOU ESSE CAP. DE MADRUGADA, E ELA ESQUECEU DE BOTAR A ROUPA DA ANA. RSRSRS MAS, TAÍ. TÔ VENCENDO A BARREIRA DA BAGUNÇA. O/ BEIJINHOS DA DAN. :)

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